(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
transgênicos
2010-07-14 | Tatianaf

Em uma decisão controversa, desagradando ambientalistas e o setor de biotecnologias, a Comissão Européia decidiu deixar a critério de cada país do bloco deliberar sobre o plantio de organismos geneticamente modificados

Até agora, o assunto vinha suscitando discussões acaloradas que se arrastavam por doze anos enquanto a decisão sobre o plantio em solo europeu de organismos geneticamente modificados (OGMs) era tomada apenas com o consentimento das outras nações. Mas isso terminou nesta terça-feira (13), quando a Comissão Européia decidiu deixar a critério de cada país do bloco deliberar sobre o plantio de OGMs.

Apesar de ainda não se ter uma definição garantida dos impactos dos OGMs sobre o meio ambiente e a saúde humana, o braço executivo do bloco resolveu liberar a decisão para que cada país avalie o assunto, sem a possibilidade de outra nação bloquear o plantio.

Para a efetivação legislativa da proposta aprovada pela Comissão Européia ainda é necessário o consentimento dos países membros e do Parlamento Europeu, porém como as diretrizes não são obrigatórias e são adotadas automaticamente pela Comissão, os governos já podem optar por medidas que acabem com o cultivo de OGMs.

Para liberar o plantio, os países terão ainda que esperar a aprovação da Agência de Segurança Alimentar Européia (EFSA, em inglês) para cada OMG a ser cultivado.

Reações
As ONGs Greenpeace e Friends of the Earth fizeram uma declaração conjunta se opondo a decisão, que segundo eles não levou em conta a questão dos impactos ambientais dos OGMs.

Segundo o Greenpeace, seis países já baniram os OGMs, porém a Comissão Européia já tentou quatro vezes acabar com esta independência, mas não conseguiu os votos necessários.

“Agora o presidente Barroso está admitindo a derrota ao apresentar um acordo de compromisso. Mas o banimento individual não pode substituir um procedimento de segurança cientificamente adequado a nível europeu. A contaminação dos OGMs não é barrada em fronteiras nacionais”, comentou a especialista do Greenpeace Stefanie Hundsdorfer.

O próprio relatório de avaliação da Comissão Européia concluiu que as propostas podem levar “impactos negativos” para agricultores que não cultivam OGMs.

O cultivo comercial dos dois produtos OGM autorizados na União Européia, o milho Mon810 da Monsanto e a batata Amflora da BASF, foi proibido em vários países membros do bloco, como França, Alemanha, Grécia, Áustria, Luxemburgo e Hungria. Os defensores dos OGMs na Europa são Espanha, Holanda, Suécia, República Tcheca e Inglaterra.

“Em alguns países poderá haver maior cultivo, mas em muitos significará o fim do direito dos agricultores plantarem’, criticou Carel du Marchie Sarvaas, da EuropaBio, lobistas do setor de biotecnologias.

As empresas do setor reclamam que a proposta criará insegurança jurídica e desmembrará o mercado europeu para produtos agrícolas, resultando em disputas internas e desafios jurídicos, reportou a Reuters.

Alguns países também se opuseram a decisão, como França e Espanha, que alegam que isto é uma tentativa de desmantelar a política comum do bloco sobre OGMs.

Em nosso país, os OGM são controlados pela Lei nº 11.105/2005 , regulamentada pelo Decreto nº 5.591/2005. Neste contexto, compete ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, após manifestação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, a emissão de autorizações e registros, e a fiscalização de produtos e atividades que utilizem OGM e seus derivados destinados ao uso animal, na agricultura, na pecuária, na agroindústria e áreas afins.

Cerca de vinte plantas geneticamente modificadas podem ser produzidas no Brasil, entre elas variedades de soja, milho e algodão.

(Por Fernanda B. Muller, Carbono Brasil, 13/07/2010)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -