Um entre cada cinco estudantes de Ensino Médio fuma nos Estados Unidos, revelou um estudo publicado na última semana por autoridades locais. A notícia acendeu o sinal amarelo na mídia norte-americana.
Mais do que o número considerado alto por especialistas, chama a atenção o fato de que a proporção de jovens fumantes, que vinha caindo em ritmo acelerado na década de 90, praticamente estacionou nos últimos anos. De 36,4% de estudantes fumantes em 1997, os EUA conseguiram chegar a 21,9% em 2003 e, em 2009, ainda tinham 19,5%.
A reportagem também aponta um possível culpado: a moda dos ‘hookah bar’, bares especializados no consumo de narguilé, espécie de fumo árabe. Muitos desses estabelecimentos foram abertos próximos a escolas e atraem os jovens com fumos “aromatizados” – há aromas como maçã verde, hortelã ou morango, atraentes para os mais jovens.
“As pessoas têm a imagem de que usar nicotina como droga é ‘cool’”, disse Terry F. Pechacek, do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) ao jornal New York Times. “Nove em dez fumantes adultos começaram o hábito na adolescência ou antes”, disse Thomas Frieden, também do CDC.
A meta do governo norte-americano era chegar a 16% de estudantes de Ensino Médio fumantes em 2010 – número que, como mostra a pesquisa, não foi atingido. “Um terço desses estudantes que fumam devem morrer prematuramente devido a doenças relacionadas ao fumo”, disse Pechacek.
No Brasil, um estudo do Minstério da Saúde afirmou que o comportamento de jovens brasileiros com cigarro e álcool é similar ao dos norte-americanos. Quanto a drogas ilícitas, o estudo diz que quase metade dos universitários brasileiros já experimentou.
(Guia do Estudante, 12/07/2010)