A presença de pombos pode provocar sérios problemas à saúde. Conforme o alerta da Fundação de Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB), entre as doenças vinculadas ao pássaro estão a criptococose e ornitose, que são dois tipos de infecções agudas; e a histoplasmose, que é uma micose que atinge os órgãos internos. Alergias, toxoplasmose e tuberculose também podem ser provocadas pela presença de um número grande de pombos, disse o biólogo e pesquisador da FZB Glayson Ariel Bencke.
As doenças são transmitidas principalmente pelos fungos que estão presentes nas fezes ou nos ninhos dessas aves. Conforme o biólogo, as fezes secas transformam-se em uma poeira, altamente nociva para o corpo humano. Outro problema são as bactérias que são transmitidas durante o contato do pombo com alimentos e água.
Além da questão da saúde, os pombos provocam outros transtornos. Suas fezes sujam e comprometem a pintura de veículos e de prédios. O acúmulo de penas e fezes pode resultar ainda no entupimento de calhas e de tubulações ou provocar o apodrecimento de estruturas de madeira, em alguns casos. E onde ocorre concentração de pombos também é comum serem encontrados ratos, baratas e moscas.
Existem várias ações que podem evitar a presença da ave. A principal delas é não alimentá-los. Conforme Glayson Bencke, os pombos não são animais nativos da nossa região. "Infelizmente, muitas pessoas acham que estão ajudando, mas na verdade estão aumentando os riscos de haver transmissão de doenças graves. E isso deve ser visto como um problema de saúde pública", ressaltou o biólogo.
(Correio do Povo, 12/07/2010)