Uma visita as dependências da Associação de Proteção as Animais foi suficiente para que se pudesse tomar parte da grande crise pela qual a entidade está passando.
Nelci Borges Ocanha, único responsável pelo acompanhamento diário dos animais que estão no local destacou que o maior problema enfrentado é a falta de alimentos para os mais de 90 animais.
“Eu gostaria que os empresários da cidade realizassem uma colaboração mensal para que a gente possa desenvolver de uma forma um pouco melhor este atendimento aos animais abandonados” afirmou. A entidade conta com a colaboração de poucas pessoas, e além da alimentação, que corresponde a 100 kilos de quirela e 50 kilos mensais de ração, fazem falta no local materiais de construção, como tábuas e latas, que podem ser usadas, para a reforma do canil, que é o único local que os animais tem para se proteger da chuva e do frio do inverno. Ocanha destacou que sempre que falta alimentação, a proprietária do local Elda Dargélio, tenta suprir as necessidades da entidade. “Nós dependemos da população santanense para podermos atender mais animais” completou.
Muitas pessoas vão até o local para fazer a adoção de animais, mas a grande parte deles, que é recolhido das ruas, fica no local por muito tempo, as vezes até o fim da vida. Atualmente a entidade não conta com o atendimento de nenhum veterinário.
Outra questão é relativa ao abandono de filhotes no local. O tratador dos animais faz um apelo para que as pessoas não deixem filhotes no local, pois não existem vacinas para sinomose disponíveis. “As pessoas costumam largas filhotes aqui, mas sem a vacina, poucos sobrevivem”enfatiza. As demais vacinas e antibióticos estão disponíveis.
Verba aprovada
Ocanha destacou que em outubro de 2009 foi aprovada na Câmara de Vereadores uma verba que serviria para ajudar a entidade. “Existe uma verba que foi aprovada pelo prefeito municipal, que seria inclusive destinada a construção de um canil, mas ficou só no papel. A prefeitura nunca nos ajudou em nada aqui. Quando fui a secretaria de obras pedir alguém que cortasse a grama no local, nunca nos ajudaram nem para cortar a grama aqui no nosso terreno. Agora na época de politicagem poderão fazer alguma coisa, mas é só em época de campanha política, depois terminou” destacou.
(A Platéia, 12/07/2010)