A Usina de Belo Monte, que será construída no Rio Xingu, no Pará, deve exigir investimentos próximos dos R$ 25 bilhões e vai gerar 11.233 megawatts (MW) quando estiver produzindo a plena carga.
Será uma das quatro maiores usinas do mundo e a maior inteiramente nacional em capacidade de geração de energia. Ela só ficará atrás da Usina de Três Gargantas, na China, da Itaipu Binacional, na fronteira do Brasil com o Paraguai, e de Xinadou, também na China.
Diferentemente do que estava previsto no primeiro projeto, quando a estimativa era de um reservatório de 1.200 quilômetros quadrados (km²), no segundo projeto a área da usina caiu para pouco mais de 500 km².
Ainda assim, Belo Monte terá energia suficiente para abastecer uma região com mais de 25 milhões de habitantes. O projeto prevê a construção de uma barragem principal no Rio Xingu, localizada 40 quilômetros abaixo da cidade de Altamira (PA). A área alagada envolverá três municípios - Vitória do Xingu, Brasil Novo e Altamira.
Depois de sucessivos adiamentos, o leilão foi realizado no dia 20 de abril em apenas 10 minutos, mas sob efeito de liminar que colocava em risco a sua validade. A usina foi arrematada pelo Consórcio Norte Energia, que ofereceu o menor preço pela energia elétrica gerada.
A previsão é de que a usina comece a operar parcialmente no início de 2015. Sua construção, no entanto, ainda divide opiniões e gera criticas de ambientalistas e acadêmicos. Eles afirmam que a construção da hidrelétrica vai provocar a alteração do regime de escoamento do rio, com redução do fluxo de água, afetando a fauna e a flora da região. Alegam ainda que a obra vai inundar permanentemente os igarapés que cortam Altamira e parte da área rural de Vitória do Xingu.
(Agência Brasil, 11/07/2010)