O porto de Paranaguá, segundo maior do Brasil, retomou as operações nesta sexta-feira com a intervenção de um juiz após ser fechado por algumas horas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Em decisão que teria interrompido as exportações de grãos e açúcar do porto, o Ibama ordenou que o porto fechasse na quinta-feira e estabeleceu uma multa de R$ 4,8 milhões por operar sem licença ambiental.
Porém, a ordem de embargo foi derrubada por um juiz federal no início da manhã desta sexta-feira.
"O juiz determinou que o Ibama deve remover imediatamente os cordões dos navios e equipamentos", disse a administração portuária, que também afirmou que três terminais dedicados foram fechados por ordem e que as exportações de açúcar também foram paralisadas.
Paranaguá poderia ter perdido cerca de US$ 50 milhões por dia se ficasse fechado por mais tempo. O local lida com US$ 12 bilhões em mercadorias por ano.
O Ibama informou em nota que as autoridades portuárias descumpriram acordos assumidos em Termo de Compromisso firmado com o instituto no final do ano passado para regularizar o licenciamento ambiental.
O juiz federal Marcos Josegrei da Silva deu ao porto um prazo de 30 dias para apresentar a programação para as medidas que tem de tomar para obter uma licença ambiental.
O Ibama ainda aplicou multa de R$ 4,8 milhões por falta da devida licença de operação em Paranaguá. Mas a multa foi revogada horas após o chefe do porto mostrar que seu próprio pedido por licença está avançando como o exigido, e o porto nunca havia sido fechado.
(Folha Online, 09/07/2010)