Os investimentos de capital de risco em empresas de tecnologias verdes cresceram 43% para US$ 2,02 bilhões no segundo trimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado, estimam o Cleantech Group e a consultoria Deloitte em uma análise preliminar.
Durante o primeiro trimestre, os investimentos de capital de risco cresceram 65% em comparação com o mesmo período em 2009. Ao total, no primeiro semestre de 2010 US$ 4,04 bilhões circularam no setor.
O principal responsável por este salto foram as tecnologias solares com investimentos de US$ 811 milhões, ou 40% do total no segundo trimestre, seguidas pelos biocombustíveis (US$ 302 milhões) e redes inteligentes (US$ 256 milhões). A eficiência energética foi o setor mais popular em relação ao número de acordos fechados.
As atividades corporativas a cerca da inovação em tecnologias limpas continuam a ter um papel importante na manutenção dos níveis de investimento, o que fica evidente nos dez principais acordos fechados no semestre: Intel Capital, GE Capital, Shell, Votorantim (conglomerado brasileiro), Alstom e Cargill Ventures contribuíram para o crescimento segundo o relatório. Os papeis destas corporações variam entre investidoras, parceiras, clientes, compradoras ou competidoras.
“Este incremento foi causado pela busca das empresas por eficiência energética e redução das emissões de carbono visando cortar custos operacionais, mitigar o risco de volatilidade dos preços da energia, levar ao crescimento sustentável e cumprir regulamentações existentes e pendentes em torno do risco de exposição ao carbono e às mudanças climáticas”, explicou Scott Smith, sócio da Deloitte.
A pesquisa considera como mercado global a América do Norte, China, Índia, Israel e Europa.
(Carbono Brasil, 09/07/2010)