O Brasil pressionará a União Europeia (UE) a ampliar sua aceitação em relação a níveis mínimos de tolerância de contaminação de organismos geneticamente modificados (OGMs). Atualmente, essa tolerância é zero e o que o Brasil solicitará é um intervalo entre 0,1% e 0,2% de contaminação em relação ao total do produto modificado, informou o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. "Há certa sensibilidade para isso ser ampliado", afirmou.
Rossi disse estar consciente de que há certos transgênicos que não são e nunca serão aceitos na Europa porque são desenvolvidos exclusivamente para áreas específicas brasileiras, como os para atender a regiões áridas. "Hoje, muitos organismos geneticamente modificados são criados especificamente para microclimas", disse.
O ministro conversou hoje com jornalistas, por meio de teleconferência feita a partir de Ribeirão Preto (SP), sobre as expectativas de sua viagem a Bruxelas, que começa amanhã e termina no final da semana que vem. Ainda sobre a viagem, o ministro comentou sobre o caso da Diretiva 61. O governo proporá que a relação de fazendas autorizadas para exportar carne bovina à União Europeia continue a existir, mas que passe a ser administrada pelo Ministério da Agricultura e não mais pelo bloco. Hoje, há cerca de 1,8 mil fazendas habilitadas para exportar à UE. "Será possível aumentar o número da lista de propriedades que possam exportar para a União Europeia", previu Rossi.
(Agencia Estado, 09/07/2010)