(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
código florestal
2010-07-08 | Tatianaf

O relatório sobre o novo Código Florestal aprovado ontem pela comissão especial da Câmara dos Deputados representa um avanço porque vai permitir a adequação do setor produtivo à legislação ambiental. A avaliação é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Eduardo Riedel, sobre o substituto do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), embora esse seja apenas o primeiro round para a aprovação do texto, que deverá passar ainda pelo plenário da Câmara e pela aprovação do Senado, antes da sanção presidencial.

Para Riedel, o risco de desmatamento alertado pelos ambientalistas não existe uma vez que a legislação prevê a moratória de cinco anos para a derrubada de mata nativa. “Do modo como estava posta, a lei não garantia os índices de vegetação nativa, alterados por um processo histórico. A legislação tem de refletir a realidade encontrada no campo”, afirmou Riedel. Em linhas gerais, sustenta o dirigente, o texto do Código Florestal vem colocar na legalidade cerca de 90% dos produtores rurais, porcentual de pequenos proprietários rurais que, involuntariamente, descumprem o Código Florestal em vigor. O Coordenador da Comissão de Meio Ambiente da Famasul, José Armando Amado, acompanhou a votação na Câmara dos Deputados e também enfatiza que a principal função da legislação aprovada é corrigir distorções. “A classe produtora não quer benefício nenhum, quer apenas acertar irregularidades históricas”, afirmou.

Entre as principais alterações trazidas na proposta do novo Código Florestal está a delimitação sobre a reserva legal. Pela legislação atual, os produtores são obrigados a manter um percentual de vegetação nativa delimitado em 80% na Amazônia Legal, 35% no Cerrado e 20% nas demais regiões. Pelo texto aprovado ontem, propriedades com até quatro módulos rurais não são obrigadas a manter a reserva (o tamanho do módulo varia de cinco a 110 hectares, dependendo do município). Porém, as propriedades que ainda tiverem vegetação nativa não poderão cortá-la por um período de cinco anos, prazo estipulado como uma moratória para o desmatamento. Para as que excedem quatro módulos e na região de cerrado fica estabelecida a preservação de 20% da propriedade.

Em relação às Áreas de Preservação Permanente (APPs), a lei determina a preservação de 30 metros a partir das margens de rios, encostas, várzeas e topos de morros. E nas propriedades que não respeitam essa metragem é obrigatória a recomposição da vegetação. Pela proposta do substitutivo, a extensão mínima estabelecida é de 15 metros a partir das margens para rios com até cinco metros de largura. As várzeas deixam de ser APPs e a decisão sobre as encostas e morros passa a ser dos estados. O relatório prevê também que os produtores poderão somar áreas de reserva legal com a APP, desde que estejam preservadas ou em recuperação.

Outro ponto fundamental são as mudanças relacionadas à regularização ambiental, pois a lei determina atualmente que o desmatamento em áreas de preservação permanente e a falta de registro da reserva legal deixam o produtor passível a multas e até suspensão nas atividades produtivas. O texto aprovado ontem prevê o prazo de cinco anos para adequação dos produtores e desobriga a recomposição de mata derrubada até julho de 2008.

Depois de passar pelo plenário da Câmara dos Deputados, o texto com as mudanças no Código Florestal vai para discussão no Senado. Não há data para a nova votação, mas a previsão é de que ela só deverá acontecer após as eleições.

(A Crítica, 07/07/2010)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -