O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou nessa segunda-feira o Cadastro de Empregadores atualizado, que inclui informações sobre patrões pegos em flagrante utilizando trabalho escravo em seus empreendimentos. Chamado de “lista suja”, a atualização do cadastro mais uma vez confirmou que é agronegócio o líder na exploração de trabalhadores.
A atualização do cadastro é feita semestralmente e desta vez incluiu o nome de mais oito fazendeiros e estabelecimentos que exploravam trabalhadores em situação análoga à de escravos. Lauro de Freitas Lemes, Wagner Furiati Nabarrete e Waldir Batista Rios, todos do estado de Tocantins, foram incluídos nessa atualização e, juntos, exploravam 47 trabalhadores.
A lista atualizada contém o nome de 152 pessoas físicas e jurídicas. A veiculação dos dados no cadastro restringe o crédito público e privado para o explorador. Somente depois de dois anos, e sanadas todas as irregularidades com os trabalhadores e com a Justiça, o patrão tem o nome retirado da Lista.
Segundo Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do MTE, este é um dos principais instrumentos do Estado para acabar com a prática do trabalho escravo no Brasil. A maior ação do grupo de inspeção móvel aconteceu na fazenda Agrisul, no município de Brasilândia (MS) em 2009, quando mais de mil trabalhadores foram libertados de condições subumanas.
(MST, 07/07/2010)