Os fumantes sentiram um peso extra no bolso em junho. É que os cigarros ficaram em média 4,64% mais caros no mês, em razão do reajuste promovido pela Souza Cruz. O cigarro foi o principal vilão da inflação do município de São Paulo no mês passado, que ficou em 0,04%.
Entre as marcas da Souza Cruz que tiveram aumentos estão o Carlton e o Lucky Strike.
Na avaliação do coordenador da pesquisa de preços da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica), da USP, o cigarro pode pressionar também a inflação de julho, caso sejam constatados reajustes de preços da Philip Morris, dona de marcas como Dallas, Galaxy e Marlboro.
- Para julho, a incógnita é a Philip Morris. Se não houver o aumento, a inflação de São Paulo fica em torno de 0,26%. Com reajuste, fica um pouco mais alta, ao redor de 0,30%.
Por causa do cigarro, a inflação do item despesas pessoais, que faz parte do IPC, passou de 0,28% para 0,78% entre maio e junho. Fumo e bebidas subiram em média 1,62% no mês passado, contra alta de 0,21% no anterior. Esse impacto, embora apareça no índice geral, foi sentido mesmo só por quem fuma.
(R7, 05/07/2010)