A direção da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) espera por uma decisão da Eletrobras sobre a construção de mais duas usinas dentro do complexo da Usina Termelétrica Presidente Médici, em Candiota.
Estudos, solicitados pela estatal, foram entregues há um mês pela CGTEE com previsão da fase D de Candiota III, com unidades térmicas com capacidade individual para gerar 300 MW ou 350 MW. O investimento em cada projeto seria de R$ 1,3 bilhão, seguindo valor do atual empreendimento, a fase C de Candiota III, que será inaugurada em 20 de setembro e poderá gerar até 350 MW.
Candiota III integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os detalhes dos novos projetos serão apresentados hoje pelo diretor-presidente da companhia, Sereno Chaise, em Porto Alegre. No plano, já foram incluídas análises de viabilidade técnica e econômica, mas serão necessárias avaliações sobre licenciamento ambiental. As duas usinas são consideradas estratégicas para suprir a demanda ascendente por energia, principalmente ante as projeções de crescimento da economia e expansão da atividade no Estado, com iniciativas industriais na região Sul gaúcha.
A fonte de financiamento dependerá da estatal. A fase C de Candiota III, que já tem mais de 90% da execução concluída, teve recursos de financiamento internacional, tendo entre as fontes do aporte o banco de desenvolvimento da China. A construção está sendo feita pelo Citic International Contracting, que integra o conglomerado chinês Citic Group.
A companhia de energia fará também upgrade da Usina Termelétrica de São Jerônimo, unidade mais antiga, implantada em 1953 e que opera bem abaixo da capacidade devido ao sucateamento. Apesar de ser projetada para 25 MW, hoje se limita a gerar apenas 5 MW. Equipamentos com capacidade para 50 MW serão transferidos da unidade da Eletronorte em Manaus para a usina gaúcha. A operação com novas máquinas dependerá de ajustes e adaptação ao uso de carvão e não deve ocorrer antes do final do ano. No Norte, a unidade produz energia a partir de cavacos da madeira. Segundo a CGTEE, a substituição permitirá atualização tecnológica e redução na emissão de poluentes.
(JC-RS, 05/07/2010)