O presidente Barack Obama anunciou neste sábado a concessão de cerca de US$ 2 bilhões para duas empresas especializadas em energia solar para desenvolver projetos nos Estados Unidos.
"Continuaremos lutando pela recuperação econômica", declarou Obama em seu pronunciamento semanal por rádio.
"E continuaremos na ofensiva para nos assegurarmos de que os empregos e as indústrias do futuro se instalem nos Estados Unidos", assinalou.
Uma das empresas que receberá dinheiro do governo, a espanhola Abengoa Solar, prevê construir no Arizona uma das maiores usinas solares do mundo, que criará cerca de 1.600 empregos no setor e, uma vez instalada, prevê forneceer energia a 70.000 lares.
A outra companhia, a americana Abound Solar Manufacturing, prevê construir duas fábricas de paineis solares, uma no Colorado (oeste) e outra em Indiana (norte). Estes dois projetos gerarão cerca de 2.000 empregos durante a construção e cerca de 1.500 permanentes, segundo a Casa Branca.
Estes projetos fazem parte do Plano de Recuperação Econômica que o governo de Obama lançou em 2009 para paliar a crise econômica.
Obama advertiu que serão necessários ainda alguns meses e, inclusive anos, para sair da recente crise financeira e econômica.
O anúncio acontece num momento em que o mercado trabalhista dos Estados Unidos registrou pela primeira vez em junho uma forte supressão de postos, segundo cifras difundidas na sexta-feira.
A taxa de desemprego caiu de 9,7% para seu nível mais baixo em um ano, enquanto o número de empregos diminuiu pela primeira vez desde dezembro, informou o Departamento de Trabalho.
Mas a queda da taxa de desemprego oferece um pouco de alívio ao presidente Obama, que está lutando contra o tempo para colocar a economia de volta aos trilhos antes das eleições legislativas de novembro.
"Sem dúvida, estamos na direção certa, mas... não estamos indo rápido o suficiente para muitos americanos. Não estamos indo rápido o suficiente para mim também", disse Obama.
A Casa Branca alertou repetidamente que o desemprego permanecerá alto no restante do ano, enquanto pesquisas mostram que esta é uma questão crucial para os eleitores.
A maioria dos analistas esperavam que a cifra de americanos desempregados superasse os 15 milhões em junho, levando a taxa de desemprego acima de 9,8%.
(France Presse, Folha.com, 02/07/2010)