A plantação de eucalipto está sendo a aposta de produtores rurais. Isso ocorre porque o seu cultivo substitue culturas onde a mecanização não entra.
Na fazenda de Maurílio Cristofani, no município de Altinópolis, a cana-de-açúcar é a principal atividade com 250 hectares. A lavoura substituiu a pecuária há cinco anos, quando o pasto já estava degradado e o solo apresentava problemas de erosão.
"Foi uma alternativa, é uma propriedade que tem o solo de baixa fertilidade. No início a gente trabalhava com pecuária, passamos para a cana, mas nas áreas que a usina achou que não havia viabilidade de mecanização, nós optamos por plantar eucalipto", diz o produtor.
Foram plantadas 40 mil mudas. Uma empresa especializada preparou o solo, fez o plantio e o controle de formigueiros no primeiro ano. A extração da madeira só poderá ser feita quando o bosque completar pelo menos cinco anos.
O agricultor Glauber Moraes substituiu a cana em 40 hectares por causa do alto custo de produção e transporte da cana. Ele pensou em soja, milho, laranja mas acabou optando pelo eucalipto.
Em áreas degradadas onde o solo tem baixa fertilidade e é necessário muito investimento em lavouras de colheita anual, os produtores preferem o eucalipto porque o custo de manutenção pode ser menor: "É uma cultura que não exige muitos agrotóxicos como as outras", diz o técnico florestal Maurício Fabrício.
O investimento é de 4 mil reais por hectare até o corte, com 75 % do valor logo no primeiro ano. Depois, é só manutenção.
(EPTV, 02/07/2010)