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indústria do cigarro
2010-07-01 | Tatianaf

Por meio de uma nota oficial divulgada ao final da tarde de ontem, a Alliance One confirmou o que já vinha sendo cogitado desde o anúncio da construção da nova fábrica em Santa Catarina. É a unidade de Santa Cruz do Sul que será sacrificada para viabilizar o processamento do tabaco no estado vizinho. A empresa não informa quantas demissões poderão ocorrer, mas fala-se que parte da mão de obra será reaproveitada nas outras unidades.

Segundo a nota, na próxima safra a Alliance vai concentrar o processamento do fumo na unidade de Venâncio Aires – onde há três linhas de processamento capazes de beneficiar 130 mil toneladas de tabaco – e na fábrica que será inaugurada em 2011 em Araranguá (SC). A nova unidade representa um investimento de R$ 100 milhões e terá capacidade para processar até 70 mil toneladas de tabaco. A princípio, serão transferidas para lá as duas linhas hoje instaladas em Santa Cruz.

A mudança para Araranguá é uma estratégia para evitar a geração de créditos de ICMS. A nova fábrica beneficiará o fumo produzido em Santa Catarina e Paraná, evitando seu ingresso no Rio Grande do Sul e a consequente necessidade de pagamento do imposto. A Alliance teria R$ 170 milhões em créditos de ICMS retidos pelo governo gaúcho.

A principal dúvida que restava era qual a unidade a ser desativada – se a de Santa Cruz ou de Venâncio. Conforme já se especulava, na escolha pesou a capacidade de processamento da fábrica venâncio-airense, maior que a de Santa Cruz. A decisão não interfere no setor administrativo da empresa, que permanece em Vera Cruz.

EMPREGOS
A Alliance One não informou à imprensa quantas demissões poderão ocorrer. Empregados localizados pela reportagem informaram que, atualmente, haveria na unidade entre 180 e 200 funcionários efetivos. Também relataram que, em cada um dos dois turnos de trabalho, entravam na fábrica 15 ônibus com safreiros – o que equivaleria a cerca de 900 trabalhadores temporários. Por outro lado, se comenta que o número real de safreiros seria 600.

Nos bastidores, fala-se que boa parte dos funcionários efetivos e temporários será reaproveitada em Venâncio e Araranguá. Convites para trabalhar em Santa Catarina já teriam sido feitos a safreiros, com a promessa de aumento de 25% no salário e de hospedagem e transporte por conta da empresa. Os trabalhadores viajariam aos domingos ao Estado vizinho, retornando às sextas-feiras para visitar a família em Santa Cruz.

De concreto, sabe-se que 50% dos funcionários efetivos de Santa Cruz serão reaproveitados em Araranguá. A informação foi repassada pela própria empresa ao secretário municipal de Desenvolvimento Social, Jair Jasper. Otimista, Jasper aposta que os demitidos serão reabsorvidos pelo mercado. O secretário comenta existir tendência de novas contratações junto às cigarreiras Philip Morris e JTI, ambas entrando em fase de compra direta do fumo.

Jasper revela ainda que a Prefeitura mantém negociações com uma grande companhia, a qual tem interesse de se instalar na cidade. O secretário de Desenvolvimento Econômico não revela o nome de tal empresa, limitando-se a dizer que ela vai procurar mão de obra experiente no trato com o tabaco. “Além disso, os empregos estão aumentando em Santa Cruz em vários setores”, comenta. Segundo Jasper, em 2009 e 2010 surgiram no município 4 mil vagas de trabalho – sem contar as da safra.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Fumo e Alimentação (Stifa), Sérgio Pacheco, não foi encontrado para comentar o anúncio da Alliance. Na noite de ontem, ele participou de uma reunião a portas fechadas sobre o assunto, que se estendeu além do fechamento desta edição.

(Gazeta do Sul, 01/07/2010)


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