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baleias
2010-07-01 | Tatianaf

As baleias franca chegaram ao litoral catarinense. A equipe de voluntários do PBF/Brasil efetuou o primeiro registro oficial da temporada na manhã desta terça-feira, dia 29 de junho. Três grupos formados por cinco indivíduos foram avistados na Praia de Itapirubá, sede do Projeto Baleia Franca, localizada entre as cidades de Imbituba e Laguna, no Litoral Sul de Santa Catarina.
 
"Nossa equipe de campo está fazendo monitoramento terrestre em pontos fixos na Praia de Itapirubá, atividade que integra o treinamento dos 14 voluntários recrutados para integrar o Projeto Baleia Franca nesta temporada. Durante o monitoramento realizado nesta manhã, registramos três avistagens, dos quais dois indivíduos adultos e uma fêmea com filhote foram vistos na Praia Sul, enquanto outro par de fêmea com filhote foi visto na Praia Norte de Itapirubá", afirmou o gerente de campo do Projeto Baleia Franca, Rodrigo De Rose.
 
A espécie visita o litoral catarinense entre os meses de julho e novembro com a finalidade de acasalar, procriar e amamentar os seus filhotes. De acordo com a Diretora de Pesquisa do Projeto Baleia Franca, Karina Groch, a expectativa é de que nesta temporada o número de baleias franca visitando o Estado se aproxime do total registrado há três anos, quando 114 indivíduos foram catalogados pelo PBF/Brasil. A projeção é proveniente de um estudo que atesta um ciclo trianual de retorno da espécie às áreas de reprodução.
 
"Nossos estudos de censagem e foto-identificação sugerem que as baleias franca obedeçam a um ciclo trianual de migração para as áreas de reprodução. É possível que as fêmeas que visitaram nosso litoral em 2007 para procriar retornem neste ano para o nascimento de um novo filhote. Embora elas nem sempre voltem para o mesmo lugar, por meio do nosso intercâmbio de informações com instituições de pesquisa de outros países conseguimos identificar e comprovar que uma mesma fêmea que esteve em Santa Catarina em determinado ano pode ter um novo filhote três anos depois em outra zona de reprodução, como é o caso do litoral argentino", explica a pesquisadora.
 
A diferenciação entre as baleias franca corresponde a uma forte característica da espécie. As calosidades existentes na região da cabeça funcionam como impressão digital - nenhuma é igual a outra. Além disso, são habitadas por pequenos crustáceos, os ciamídeos, conhecidos popularmente como piolhos-de-baleia, e desta forma podem ser facilmente vistas e diferenciadas no catálogo fotográfico do Projeto Baleia Franca. "A foto-identificação permite a nós, pesquisadores, aprofundar os conhecimentos em relação ao comportamento, à procriação, à migração e à censagem desta espécie", finaliza Karina.

O Projeto Baleia Franca (PBF/Brasil) é uma instituição sem fins lucrativos sediada na Praia de Itapirubá, em Imbituba (SC), que  trabalha há 28 anos pela conservação da baleia franca por meio de duas linhas principais de pesquisa: o monitoramento aéreo e o monitoramento terrestre. Através do monitoramento aéreo é realizada a censagem, análise de distribuição e identificação individual das baleias francas, com o objetivo de avaliar o status populacional da espécie em águas brasileiras. A partir do monitoramento terrestre estuda-se o comportamento natural da espécie, a interação entre mães e filhotes, como os indivíduos se relacionam nos grupos sociais, bem como o comportamento da baleias franca frente a atividades antrópicas que possam causar algum impacto e comprometer o bem estar dos grupos durante sua permanência em nossas enseadas.

As atividades do PBF/Brasil também englobam a publicação de trabalhos científicos, atividades de educação ambiental e orientação às embarcações turísticas durante a temporada de observação. Além disso, a ONG tem representatividade na Comissão Internacional da Baleia, da qual a Diretora de Pesquisa do PBF/Brasil e Ph.D. em Biologia Animal, Dra. Karina Groch, participa como pesquisadora convidada pela própria comissão e também pelo Governo Brasileiro, junto a representantes do Centro Mamíferos Aquáticos, do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

(Envolverde/Projeto Baleia Franca, 30/06/2010)


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