Em Porto Alegre, a lei que regulamenta a instalação de estações de rádio-base (ERBs) foi sancionada pelo prefeito João Verle há cerca de duas semanas. Ela contempla uma série de reivindicações do Movimento das Associações de Bairro da Capital , como a proibição de instalação desses dispositivos a menos de 50 metros de escolas, creches e hospitais. Além disto, baixa de 4,2 para 0,04 Watts por metro quadrado o padrão de intensidade da freqüência de emissão, tornando a Capital gaúcha uma cidade com o nível suíço de permissibilidade de radiação por ERBs - na Suíça, 180 mil pessoas, ou 2% da populção, apresentam sintomas de hipesensibilidade a este tipo de radiação. O problema, no entanto, será fiscalizar. O vereador Juarez Pinheiro (PT), um dos autores da lei, denunciou ontem, no encontro dos integrantes da associação, que a Prefeitura não tem condições técnicas (equipamentos) nem humanas (pessoal) para fiscalizar as ERBs. -A nossa briga apenas começou. A aprovação da lei foi um primeiro passo. Precisamos agora lutar para que os limites sejam respeitados, disse.. Segundo Pinheiro, o grande problema é que as empresas de telefonia celular instaladas na Capital são estrangeiras e têm grande poder de lobby. -Além das duas já conhecidas, uma terceira tentou, há poucos dias, instalar nove antenas sem fazer laudo radiométrico, informou. Ele acrescentou que o Movimento das Associações de Bairro conseguiu uma vitória importante, há alguns dias, ao evitar a instalação de mais equipamentos de rádio-base no bairro Partenon.