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indústria do plástico sacolas e embalagens plásticas
2010-06-30 | Tatianaf

Mesmo se o que compramos é um prendedor de cabelo, o vendedor o colocará em um minúsculo saquinho plástico antes de entregá-lo. Ainda não existe um saco para envolver um automóvel, mas se algum país o tivesse, provavelmente seria a Tailândia. As autoridades de Bancoc reiniciaram uma campanha para que a população da capital abandone o “vício” dos sacos plásticos.

Pelo segundo ano consecutivo, a Administração Metropolitana de Bancoc realiza o projeto “Sem Bolsa, Sem Baht”, que durará 45 dias e oferece aos consumidores desconto de um bath (US$ 0,03) para cada compra no valor de 100 baht (US$ 3) se usarem suas próprias sacolas de pano ao fazerem compras em vários mercados da cidade. Além disso, cada saquinho custará um baht.

A campanha deste ano foi lançada no dia 5, Dia Mundial do Meio Ambiente. Em 2009, a iniciativa conseguiu reduzir 4,4 milhões de sacos plásticos entre os consumidores de Bancoc. Agora, a intenção é triplicar esse número. Segundo dados da Administração Metropolitana, diariamente são usados mais de 600 mil saquinhos nesta cidade de nove milhões de habitantes. Sua eliminação anual custa mais de 600 milhões de baht (US$ 18,5 milhões), afirmaram funcionários municipais.

O vice-governador da Administração, Porntep Techapaibul, disse à imprensa local que das dez mil toneladas diárias de lixo geradas na cidade, cerca de 1.800 toneladas correspondem a sacos plásticos, e a previsão é que esse número aumentará cerca de 20% ao ano. Muitos habitantes de Bancoc ouvem sobre os perigos que essas embalagens representam para a saúde e o meio ambiente. Feitos a partir do petróleo, uma fonte natural não renovável, o principal ingrediente dos sacos plásticos é o polietileno, cuja decomposição demora mil anos na terra e 450 na água. Contudo, mesmo habitantes conscientes têm problemas para evitar o uso dos sacos plásticos.

A coordenadora da Fundação do Fundo Tailandês, Chomphu Rammuang, disse que embora vá ao supermercado com uma grande bolsa de pano e ao trabalho com uma marmita, ao fim do dia terá um saco plástico nas mãos. Acontece que a Tailândia é grande fabricante de plástico. Isso pode ajudar a explicar porque até mesmo microempresários não pensam duas vezes para colocar suas mercadorias em embalagens feitas com esse material. Por exemplo, Suprathit, vendedora de Yakult, disse que um pacote com cem pequenos saquinhos de plástico custa apenas cinco baht (US$ 0,15). Pusadee, que vai aos escritórios vender almoço em sacos plásticos, contou que os compra por 70 baht (US$ 2) o quilo, e que duram dois dias.

O país fabrica outros produtos de plástico. Segundo o representante na Tailândia do Greenpeace para o sudeste asiático, Tara Buakamsri, esta nação está entre os maiores fabricantes de policloreto de vinila (PVC) da região. Esse é o terceiro plástico mais produzido, depois do polietileno e do prolipropileno. Barato, duradouro e fácil de lidar, às vezes é usado para fazer canos, garrafas de água e cartões de crédito. Tampouco é biodegradável. O jornal Bangkok Post, publicado em inglês, informou em abril que a demanda interna de PVC ronda as 450 mil toneladas anuais.

Um estudo apresentado em 2009 por Wuthichai Wongthatsanekorn na Academia Mundial da Ciência, Engenharia e Tecnologia de Dubai, concluiu que a recuperação dos dejetos plásticos, em 2000, foi de apenas 23% na Tailândia. Também afirmou que cerca de 35% dos resíduos sólidos coletados na periferia de Bancoc são manejados adequadamente, enquanto o restante é “empilhado em lixões a céu aberto, até se dissolver”.

Para que uma campanha seja efetiva, os consumidores devem estar conscientes da importância e do efeito no longo prazo do programa, disse Tara. “Precisamos estudar qual mecanismo econômico funcionará se os sacos plásticos forem proibidos na Tailândia. Qual será a reação da enorme indústria do plástico no país? Qual será o incentivo econômico para que as pessoas sigam esta campanha?”, perguntou.

A boa notícia é que muitos comércios, como a rede de supermercados Tesco Lotus e a de móveis Home Pro, estão abertos a participar da campanha. De fato, mesmo antes da atual movimentação, a Tesco Lotus já tinha a sua própria campanha: “Sacola Verde, Ponto Verde”. Para cada saco plástico evitado, cada cliente ganha um ponto no cartão de benefícios dessa rede. A iniciativa busca “reduzir o uso de 9,8 milhões de sacos” este ano, disse à IPS a gerente de assuntos corporativos da empresa, Saofang Ekaluckrujee, em entrevista por e-mail.

Outros grandes centros comerciais, como o Siam Paragon e o Central, também oferecem incentivos para que não sejam usados os tradicionais sacos plásticos, ou mesmo de papel. IPS/Envolverde

(Por Lynette Lee Corporal, da IPS, Envolverde, 30/6/2010)


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