A Casa Branca anunciou ontem planos para compartilhar mais informação com outros países numa tentativa de evitar colisões de satélites. O governo também pretende financiar pesquisas para desenvolver novos métodos de limpeza de lixo espacial.
Cada novo presidente americano produz uma lista de prioridades relacionadas ao espaço. Muitos elementos, como o apoio à exploração espacial, tendem a permanecer os mesmos de um governo para o outro.
No entanto, a Política Nacional Espacial de Barack Obama dá uma nova ênfase ao lixo espacial, pedindo que informações sobre rastreamento de órbitas e predições de colisões sejam compartilhadas com a indústria e com outros países.
A junção de informações sobre satélites de vários países deve reduzir as chances de colisões de satélites, como a que ocorreu em fevereiro do ano passado, que produziu milhares de pedaços de fragmentos lançados a altas velocidades.
"Quanto mais dados, melhor, desde que sejam de boa qualidade e consigamos entendê-los", diz Laura Grego, da União de Cientistas Preocupados, em Cambridge, Massachusetts.
Políticas espaciais anteriores também lidaram com a questão do lixo espacial, mas o governo Obama adicionou ao plano a busca por novas tecnologias para a remoção de fragmentos já em órbita, tecnologias como o uso de feixes de laser.
O melhor, contudo, é evitar a geração de entulhos no espaço, pois é mais seguro e barato evitar colisões do que remover fragmentos após colisões, afirma Eugene Stansbery, do Programa de Fragmentos Orbitais da Nasa, em Houston, Texas.
(Folha.com, 29/06/2010)