(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
angra 3
2010-06-28 | Tatianaf

O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Odair Gonçalves, disse no dia 25/6, que não pretende suspender as obras de construção da Usina Nuclear Angra 3, conforme recomendação do Ministério Público Federal (MPF) em Angra dos Reis.

“A gente não vai suspender [a obra]. A gente vai recorrer, obviamente”, disse em entrevista à Agência Brasil. Segundo Gonçalves, a apresentação de uma análise probabilística de segurança e acidentes severos do empreendimento constitui apenas uma sugestão da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), e não uma recomendação obrigatória, como teria entendido o MPF em Angra.

“A tradução foi malfeita. Ela [Aiea] não diz que é para fazer ou que [a análise] é fundamental. Ela simplesmente sugere que se faça isso”. Ele explicou que como já existem cálculos para outras usinas, a Cnen tem plena clareza dessa questão. “Então, nós vamos entrar com recurso contra isso”.

A Cnen vai responder ao Ministério Público. “A gente tem que explicar, faz parte da transparência. Mas, a gente absolutamente não concorda com isso”, disse.

Odair Gonçalves confirmou ter autorizado a realização de estudo probabilístico de segurança e acidentes severos de Angra 3, que está sendo conduzido pela Eletronuclear. O presidente da Cnen esclareceu, contudo, que “isso não impacta a construção da usina. A obra continua, sem dúvida nenhuma”.

Secretário de Angra considera correto o pedido de suspensão das obras de Angra 3

O secretário do Meio Ambiente de Angra dos Reis, Marco Aurélio Vargas, considerou “corretíssima” a atitude do Ministério Público Federal (MPF) de recomendar a suspensão das obras e da licença da Usina Nuclear Angra 3 até que seja apresentada a análise probabilística de segurança e acidentes severos relacionada ao projeto. A recomendação foi encaminhada na noite de 24/6 pelo MPF à Eletronuclear e à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem). “Eu acho que o Ministério Público está corretíssimo em entender que todos os dados disponíveis são importantes para viabilizar toda essa questão, na maior segurança necessária”, disse o secretário.

Vargas salientou, no dia 25/6, em entrevista à Agência Brasil, que o governo municipal não está preocupado em medir impactos socioeconômicos para a cidade. “Nós estamos preocupados, sim, com a nossa segurança e, em paralelo, com a parte social da cidade. Que não venha a acontecer novamente em Angra dos Reis o que aconteceu ao longo da década de 70, até o término da unidade 2 [Angra 2], que é a pobreza do nosso município”.

A construção e a administração das duas primeiras usinas nucleares brasileiras (Angra 1 e 2) foram de competência de Furnas até a criação da estatal Eletronuclear, em 1997. O secretário municipal afirmou que Furnas não se preocupou em atender a população de Angra. “Furnas, à época, estava preocupada apenas em dar atenção devida aos trabalhadores e visitantes no entorno da central nuclear, fazendo a implantação de vilas residenciais, com toda a infraestrutura que nós não tínhamos [no município]”.

Com a construção de Angra 3, Vargas espera que a Eletronuclear tenha como princípio básico atender à demanda da população local. Na avaliação dele, uma possível suspensão das obras de construção da usina não terá impacto na oferta de empregos no município, uma vez que a obra ainda não avançou. “Não está no pico, está na fase de implantação. Então, não traz prejuízos”.

(Agência Brasil, EcoDebate, 28/06/2010)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -