A Prefeitura de Porto Alegre começará em julho o cadastramento dos carroceiros e carrinheiros das ilhas do Guaíba. A Secretaria Municipal de Governança Local (SMGL) contratará uma empresa, via licitação, que, com a Associação dos Carroceiros do Arquipélago, realizará um levantamento completo de quantas pessoas que dependem do dinheiro obtido com a venda de ferro, plástico, papel, vidro e metal para viver e quantos cavalos são usados para puxar as carroças.
O cadastramento nas ilhas, que concentram a maior quantidade de carrinheiros e carroceiros da Capital, será feito em dois meses, segundo o adjunto da SMGL, Luciano Marcantônio. O presidente da associação, Teófilo Motta, acredita que cerca de 30 mil pessoas dependem da atividade nas ilhas. Segundo a prefeitura, a cidade deve ter 5 mil carroceiros e 2 mil carrinheiros.
Simultaneamente ao cadastramento, a prefeitura levará às ilhas uma série de projetos de qualificação profissional e de compensação ambiental de plantio de mudas e constituição de viveiros. "Não basta tirar as carroças das ruas sem buscar soluções para oferecer novas oportunidade de geração de trabalho e renda às famílias envolvidas", enfatizou o secretário adjunto.
Um novo projeto sobre o destino dos cavalos arrecadados pela EPTC, no abrigo do Chapéu do Sol, será apresentado à Câmara. O objetivo é dar utilidade ao equino, preservando-o. Hoje são recolhidos 400 por ano. Em 60 dias, a unidade de triagem da Frederico Mentz será inaugurada. Absorverá a demanda dos carroceiros das ilhas que quiserem ficar na atividade.
(Correio do Povo, 28/06/2010)