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celulose e papel
2010-06-24 | Tatianaf

A construção de um aguardado contorno ferroviário de 12,4 quilômetros em Três Lagoas (MS) deverá ter início em cerca de um mês e evitará que trens da ALL carregados com celulose da Fibria passem e parem no meio da cidade.

De responsabilidade do governo sul-mato-grossense, a obra -orçada em 33 milhões de reais e com prazo de execução de 300 dias- será feita pelo consórcio CMT-Engesa, declarado vencedor da licitação no começo desta semana. O contorno será ligado ao trecho Bauru (SP)/Campo Grande (MS), administrado pela ALL.

Quando começou a produzir em Três Lagoas, no início de 2009, a Fibria levava a celulose de sua fábrica para um terminal ferroviário no centro do município, causando transtornos à população. De trem, o produto seguia para o Porto de Santos, para então ser exportado.

Moradores contaram à Reuters que os trens chegaram a impossibilitar um atendimento do Corpo de Bombeiros, que não conseguia chegar ao local de um incêndio.

A solução provisória encontrada por Fibria e ALL até o contorno ferroviário existir foi transferir o carregamento da celulose nos trens para o bairro de Jupiá, área de pescadores nas margens do Rio Paraná e da hidrelétrica da Cesp.

Junto com a decisão, outro problema: os trens, à espera da celulose, ficam parados no bairro, dividindo-o em dois.

"Além do desconforto pelo trânsito dos caminhões que trazem a celulose até aqui, a escola fica de um lado e as casas de outro, fazendo com que as crianças pulem o trem", disse o presidente da Associação de Moradores do Jupiá, Gilmar Leite. A Fibria está construindo uma passarela no local e a previsão é de que seja concluída em dois meses.

MENOS CAMINHÕES
A Fibria tem um projeto já aprovado de ramal ferroviário de cerca de 40 quilômetros ligando sua fábrica, que tem capacidade de 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano, ao contorno sob responsabilidade do governo estadual.

"Hoje o ciclo de ida e volta de trem está um pouco acima do previsto", disse o diretor industrial da Fibria, Francisco Valério, à Reuters. A previsão era que o trajeto completo durasse de nove a dez dias, mas está entre 11 e 12 dias.

Além do transporte da celulose que inclui caminhão e trem, cerca de 15 por cento da produção da Fibria em Três Lagoas vai para Santos exclusivamente via rodovias, uma viagem que dura cinco dias.

Quando o ramal ferroviário estiver pronto, a fabricante de celulose deverá eliminar o uso de caminhões da empresa de transportes Júlio Simões, reduzindo custos.

A International Paper, que possui uma fábrica de papel integrada à de celulose da Fibria, não usa trens para escoar a produção. "Tudo sai da cidade por caminhões. São 30 por dia", afirmou o gerente-geral da unidade da IP, Luiz Cláudio Pereira.

O modal rodoviário é melhor para a IP porque o destino do papel é o mercado interno, e os caminhões podem ir para vários lugares do Brasil.

A novata Eldorado Celulose, que em 16 de junho lançou a pedra fundamental de sua futura fábrica de 1,5 milhão de toneladas de celulose em Três Lagoas, está em conversações com a ALL para o transporte do produto. "O projeto precursor da Fibria deu certo e atraiu novos projetos", disse o diretor da ALL Sergio Nahuz.

Além da questão do contorno ferroviário, Três Lagoas aguarda a construção de uma ponte sobre o Rio Paraná, ligando o Mato Grosso do Sul a São Paulo. A obra federal resolveria outro grave problema de transporte, visto que a travessia entre os Estados é feita hoje por dentro da usina hidrelétrica da Cesp. Não há previsão para o início dessa obra.

TRENS AINDA PASSAM NO CENTRO
Mesmo com a mudança no local de embarque da celulose da Fibria para o bairro de Jupiá, ainda é comum ver trens parados na região central de Três Lagoas -situação que só terá fim quando o contorno ferroviário estiver pronto.

O promotor de Urbanismo e de Meio Ambiente de Três Lagoas, Antonio Carlos Garcia de Oliveira, afirmou que há uma ação contra a ALL na Justiça Federal. "O trem apita às 3 horas da manhã e atrapalha todos os que moram na cidade."

Nahuz, da ALL, disse que os trens ainda passam pelo centro, "mas não param" mais no local.

(Por Carolina Marcondes, Reuters/Brasil Online, 23/06/2010)


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