Pessoas que convivem com fumantes podem ter maiores riscos de morte por problemas cardíacos, de acordo com um estudo da University College London.
Segundo os pesquisadores, aqueles que respiram mais a fumaça dos outros têm duas vezes mais chances de morrer de doença cardíaca do que pessoas expostas a menores níveis de fumo passivo.
Os pesquisadores descobriram que os não fumantes com maiores níveis de cotinina na saliva - indicador de tabagismo passivo - apresentavam maiores taxas de morte por problemas cardiovasculares do que aqueles menos expostos à fumaça do cigarro.
Altos níveis de exposição ao tabagismo passivo - como mostrado no estudo para uma a cada cinco pessoas - equivalem a viver com um fumante e ser exposto à fumaça quase diariamente.
O estudo mostrou, ainda, que o fumo passivo pode aumentar os níveis de inflamação no organismo, que é um conhecido fator de risco para doença cardíaca.
Segundo os pesquisadores, mesmo que os mecanismos biológicos não sejam totalmente entendidos ainda, há crescente evidência que indica que a exposição a partículas finas, como as da fumaça do cigarro, resulta em inflamação leve ou moderada.
(Correio do Brasil, 23/06/2010)