O Brasil deve “ensinar ao mundo” como promover o desenvolvimento econômico sem destruir o meio ambiente, afirmou nesta terça-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de começo da terraplanagem da Usina Siderúrgica Aços Laminados, em Marabá (PA). Pela manhã, o presidente participou, em Altamira (PA), de um ato em favor da construção da Usina de Belo Monte e do desenvolvimento da região do Xingu.
“Acabamos de vir de Altamira, onde fizemos um ato sobre Belo Monte. Uma hidrelétrica maior para o Brasil. Só para cuidar da questão social e ambiental são mais de R$ 4 bilhões. Nunca se colocou tanto dinheiro para cuidar do povo ribeirinho, dos indígenas, dos trabalhadores. Temos que ensinar o mundo”, discursou Lula.
“De vez em quando, vem um gringo dá palpite sobre o Brasil. Precisamos mostrar ao mundo que ninguém mais do que nós quer cuidar da nossa floresta, mas ela é nossa e gringo nenhum mete o nariz onde não é chamado, porque vamos cuidar da nossa floresta e saberemos cuidar do nosso desenvolvimento”.
Em relação a construção da siderúrgica em Marabá, Lula ressaltou que a Vale do Rio Doce fará investimentos de R$ 5,2 bilhões. “Esse investimento vai significar, durante o processo de construção, por volta de 16 mil empregos na região e depois que estiver pronta vão ser cinco mil empregos diretos na siderúrgica. Talvez o maior investimento que a Vale já fez em Marabá”.
Lula disse ainda que o Brasil tem investido para deixar de ser exportador de matéria-prima para vendar produtos com maior valor agregado. “Aos poucos, a Vale do Rio Doce e o Pará não estão em uma relação apenas de exportar minério para o chinês produzir brinquedo e vender para nós. Agora, a gente quer produzir material de valor agregado aqui no estado do Pará para que, ao invés da gente exportar minério, a gente exportar aço pronto para outras partes do Brasil e para o mundo todo”.
(Agência Brasil, Correio Braziliense, 22/06/2010)