O infarto do miocárdio (IM) ou infarto agudo do miocárdio, conhecido popularmente como ataque cardíaco, é uma emergência médica em que parte do fluxo sanguíneo do coração sofre uma interrupção súbita e intensa, produzindo a morte das células do músculo cardíaco (miocárdio).
O IM é a principal causa de morte no mundo ocidental.A principal causa do IM é a aterosclerose, ou seja, a formação de um coágulo (trombo) a partir de uma placa de gordura (ateroma), localizada na parede da artéria do coração, chamada de coronária.
O estudo INTERHEART teve como objetivo principal avaliar a importância dos fatores de risco para o IM.Os autores do estudo observaram que 90% dos casos de IM poderiam ser atribuídos à presença de fatores de risco ou ausência de certos fatores protetores.
Fatores de risco modificáveis: tabagismo, anormalidades do colesterol, hipertensão arterial, diabetes, fatores psicossociais (estresse e depressão) e obesidade central (localizada acima da cintura).
Fatores protetores: realização de atividade física regular, consumo regular e moderado de bebidas alcóolicas e ingestão diária de frutas, verduras e legumes.Devemos lembrar que a ingestão de bebidas alcóolicas não deve ser estimulada como uma medida de prevenção para o IM.
Tabagismo e o risco de infarto do miocárdio:
O estudo INTERHEART demonstrou um relação linear entre o número de cigarros consumidos por dia e o risco de um IM.Fumantes de até 5 cigarros por dia apresentavam um aumento do risco relativo de IM em 1,5 vezes; fumantes de até meio maço (10 cigarros) em 2 vezes; fumantes de até 1 maço (20 cigarros) em 4 vezes e fumantes de até 2 maços (40 cigarros) em 8 vezes.
Nenhuma medida preventiva que possa ser adotada por pacientes infartados é tão efetiva quanto parar de fumar .Estima-se uma redução de 36% no risco de morte.Metade da redução deste risco é obtida com apenas dois anos após a cessação do tabagismo. Em 12 até 15 anos, este risco passa a ser semelhante ao de alguém que nunca fumou.
(JAMA, Portal do Coração, 20/06/2010)