A população de Cachoeira do Sul e região deve ver executada, ainda este ano, a implantação do complexo carboquímico que prevê construção de unidades geradoras de energia. O protocolo de intenções para o desenvolvimento de estudos de implantação foi assinado ontem entre os secretários estaduais de Logística e Infraestrutura, Daniel Andrade, do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Josué de Souza Barbosa, e do presidente da Conteste Engineering, Ruy Esteves.
A medida pretende impulsionar o desenvolvimento da economia da região, tendo a atividade da geração termoelétrica associada à produção do fertilizante sulfato de amônia e de reagentes para química fina, como carbonatos e bicarbonatos de amônia. O investimento no valor de 1 bilhão de dólares resultará na geração de 500 megawatts (MW) de energia. O acordo também estabelece a utilização de carvão minerado da Companhia Riograndense de Mineração (CRM) em Iruí.
"Significa a possibilidade de um novo empreendimento, com matéria prima da CRM, e ajudará a alavancar a economia da Região Sul", disse Esteves. Segundo ele, a estatal tem reservas de 500 milhões de toneladas. A escolha de Iruí se deve à facilidade de instalação de unidades geradoras próximo à mineração e ao fornecimento de água, assim como a infraestrutura ferroviária, fluvial e o gás natural para a produção da amônia. A termoelétrica terá como diferencial a produção de energia limpa e o custo do produto que será mais barato.
(Correio do Povo, 17/06/2010)