A questão do lixo é bastante grave, não só no país, como no mundo todo. O brasileiro produz em média 1 kg de lixo por habitante/dia. Mas no município de São Paulo este número é ainda maior: 1,5 kg por pessoa. Além disso, 10% do lixo, produzido no Brasil inteiro, é gerado só na capital paulistana, equivalente a 17 mil toneladas diárias de resíduos. Em países ricos, a concentração de resíduos inorgânicos é ainda maior do que a de orgânicos, por conta do consumo massivo de produtos industrializados. Nos Estados Unidos esse volume chega a 2,25 kg por pessoa.
Atualmente, o Brasil deixa de lucrar R$ 8 bi por ano com a reciclagem. Os dados são do Relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). A falta de coleta seletiva "incentiva" o descarte inadequado do lixo nos municípios, principalmente, nas grandes capitais, contaminado solo e água subterrânea.
Toda essa montanha de resíduos é armazenada e decomposta nos famosos aterros sanitários, onde todos os tipos de materiais e produtos se misturam - restos orgânicos, produtos com metais pesados, resíduos químicos hospitalares e industriais, entre outros. A decomposição dos compostos orgânicos gera um liquido fétido e nocivo a saúde, conhecido como chorume. Um dos mais graves contaminantes de solo e água. Os danos provocados pelo chorume ao meio ambiente vão desde a alteração da qualidade do ar, em função da liberação de gases (metano e CO²), poeiras e contaminantes, até a degradação do subsolo e das águas superficiais. Especialistas em assuntos ambientais consideram este líquido muito mais agressivo que o próprio esgoto doméstico, por conter altas concentrações de resíduos químicos e metais pesados.
A reciclagem correta ajudaria a diminuir o problema do armazenamento do lixo e do chorume também, mas enquanto ela não vem, é preciso recuperar cuidar o que já foi degradado. Para isto estão disponíveis no mercado nacional, produtos para a retirada do chorume em aterros sanitários. Eles ajudam na descontaminação da área e ainda oferecem a possibilidade, ao mesmo tempo, de gerar energia com o gás proveniente do aterro.
Estamos falando das bombas SRX, que retiram o líquido e fomentam a formação de gases no interior da pilha. Além da bomba para auxiliar neste trabalho, estão à disposição dos profissionais, medidores de vazão e amostradores automáticos para quantificar e qualificar a água e o chorume, com relação à permeabilidade, acúmulo ou formação de água nessas pilhas, e os detectores de gases Eagle, EntryRAE e MiniRAE, para determinação de gases nocivos ou explosivos no local.
Outra tecnologia para a realização do serviço é a estação meteorológica automática, com telemetria para verificação das condições meteorológicas, como tendência de ventos e chuvas na região, acrescido de pluviômetro, que permite a leitura do volume de chuvas e verificação de infiltrações no lençol freático. Todos estes equipamentos estarão à mostra na feira "Reciclação", que ocorre de 16 a 19 de junho, no centro de eventos Expo Unimed Curitiba, no Estado do Paraná. A Ag Solve estará com um estande próprio no local, com toda a sua linha de instrumentação ambiental com aplicação para aterros sanitários.
(Maxpress, Envolverde, 15/06/2010)