Nos EUA, a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) está adotando medidas para cessar todos os usos do endossulfam pelo fato de ele persistir no meio ambiente e oferecer inaceitáveis riscos neurológicos e reprodutivos aos agricultores e à vida selvagem. Enquanto o EPA trabalha nos detalhes da decisão que irá eliminar os usos do agrotóxico, a empresa Makhteshim Agan of North America, que fabrica o endossulfam no país, está em processo de negociação com o EPA para encerrar voluntariamente a sua produção.
Segundo o EPA, dados coletados desde 2002 indicam que os riscos a que se expõem os agricultores que aplicam o produto ou trabalham na colheita ou outras atividades em campos onde o produto foi aplicado são motivo de grande preocupação. Os riscos são consideráveis mesmo quando todos os equipamentos de proteção pessoal são usados. Além disso, para a maioria das culturas, o intervalo de reentrada nos campos necessário para proteger os trabalhadores rurais não é compatível com as necessidades agronômicas.
Ainda segundo o EPA, o endossunfam é volátil, persistente, e tem o potencial de se bioacumular nos organismos aquáticos e terrestres. O agrotóxico é um dos organoclorados mais abundantes encontrados no Ártico, além de já ter sido detectado nos Grandes Lagos e em várias áreas montanhosas e parques Nacionais no oeste dos EUA, longe dos locais de uso. Devido à sua presença em locais remotos, o endossufam deve ser considerado um poluente orgânico persistente (POP) que pode alcançar os seres humanos através da cadeia alimentar.
(AS-PTA/EcoAgência, EPA, 09/06/2010)