Mais de 50% das exportações de celulose da Fibria têm como destino o chamado mercado de "tissue", que inclui os lencinhos de papel, papel higiênico e removedores de maquiagem. A produção vai para os mercados dos EUA, da China e da Europa.
Segundo o presidente do Conselho de Administração da Fibria, José Luciano Penido, entre os principais clientes da empresa brasileira neste mercado estão a Procter & Gamble e a Kimberly Clark. Segundo ele, essas empresas são exigentes em relação ao manejo florestal. "Para nós, consciência ambiental é negócio. Temos que garantir nossa cadeia produtiva. Mas ninguém paga US$ 1 a mais por isso."
A Fibria capitaneia, ao lado do Santander, o projeto Corredor Ecológico, que pretende restaurar uma área total de 150 mil hectares de Mata Atlântica - os primeiros passos do projeto serão dados na região do Vale do Paraíba, no estado de São Paulo. Penido afirma que o projeto terá duração de dez anos. A ideia é incentivar o desenvolvimento de atividades econômicas que permitam a preservação das floresta.
O presidente do Conselho da Fibria diz que reabilitar 150 mil hectares exigirá o plantio de 200 milhões de árvores, em um investimento estimado em R$ 3 bilhões. A meta é arrecadar o valor por meio de doações de empresas e de pessoas físicas.
(O Estado de S.Paulo, 15/06/2010)