O governador do departamento uruguaio de Río Negro, Oscar Lafluf, rechaçou uma "flexibilização" e pediu que acabe "definitivamente" o bloqueio de uma ponte que liga a capital da região, Fray Bentos, à vizinha Argentina.
"Se há uma decisão de levantar o corte, que o façam. Não podemos viver na incerteza, armar tudo de novo, instalar todos os negócios na ponte para que em 60 dias se arme o piquete de novo", declarou Lafluf.
Manifestantes argentinos mantêm há quase quatro anos o bloqueio da ponte internacional General San Martín em protesto contra a instalação da fábrica de pasta de celulose UPM, ex-Botnia, na margem uruguaia do Rio Uruguai.
Em abril, a Corte Internacional de Justiça, em Haia, julgou o processo apresentado pela Argentina sobre a fábrica. Embora tenha reconhecido que o governo uruguaio violou o Tratado do Rio Uruguai, que rege a administração da área, os magistrados consideraram que a empresa não é poluente, como denunciam os manifestantes.
Os ativistas examinam levantar temporariamente o bloqueio se Buenos Aires exigir o monitoramento conjunto da indústria, o que é rechaçado por Montevidéu.
Em declarações dadas hoje a uma rádio local, o governador de Río Negro informou que o gabinete analisa apresentar uma denúncia contra os manifestantes.
"O governo departamental como tal não pode apresentar uma demanda porque isso compete ao governo central", mas "sim, podemos denunciar prejuízos sobre uma área em concreto, como por exemplo os danos que sofre o turismo", explicou.
(ANSA, 14/06/2010)