(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
código florestal
2010-06-14 | Tatianaf

"É necessário revisar o código florestal para permitir o desenvolvimento do setor agropecuário?  A resposta simples é não".  Está foi a conclusão de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), que buscou fazer considerações sobre o Código Florestal Brasileiro e sua relação com a produção agropecuária.

O principal argumento da bancada ruralista, que tenta fazer modificações no código florestal, é que a legislação atual inviabiliza a produção agropecuária.  Mas, segundo o estudo "a agricultura pode se desenvolver pela expansão territorial sobre áreas de elevada aptidão agrícola que atualmente são ocupadas com pecuária extensiva.  A pecuária, que ocupa a maior parte das terras destinadas à produção agropecuária, pode se desenvolver pela intensificação e ganho de produtividade".

Segundo o relatório a maior parte das terras de elevada aptidão para a agricultura já foram abertas e por isso, o desenvolvimento da agricultura não precisa das terras atualmente cobertas com vegetação natural para se desenvolver.  "O estoque de terras de elevada e média aptidão para agricultura já abertas e que estão sob pastagens é de 29 e 32 milhões de hectares respectivamente, totalizando 61 milhões de ha.  Este estoque pode ser utilizado para a expansão agrícola que com isto pode quase dobrar o seu tamanho".

Apesar de apontar a viabilidade da produção agropecuária no país, sem que o código seja alterado, o documento aponta que a legislação ambiental não tem funcionado adequadamente.  "Nos 278 milhões de hectares ocupados pelo setor agropecuário no Brasil pelo menos 83 milhões estão em situação de não conformidade com o Código Florestal e teriam que ser recuperados."

A sugestão para conciliar a legalidade da produção com a conservação da vegetação natural exposta no documento seria "repensar o Código Florestal visando a) melhorar sua eficácia, b) resolver o problema dos passivos já existentes e com isto viabilizar sua aplicabilidade, e c) garantir que ele seja cumprido no futuro".

Os pesquisadores ressaltam também que "regionalizar as possíveis revisões do Código Florestal, e fazer esta discussão sobre uma base física de dados confiável parece ser o único caminho de uma discussão profícua sobre o tema.  Eles defendem que seria necessário criar mecanismos que auxilie no desenvolvimento, mas que não degrade os recursos naturais que ainda existem no país.

O documento faz parte do projeto Agricultural Land Use and Expasion Model (AgLue) que tem como objetivo compreender e prever mudanças de uso da terra decorrentes da dinâmica da agropecuária.  Os artigos científicos que embasam o estudo estão em fase de preparação e ainda não possuem uma data para serem divulgados.

No Senado
O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) apresentou na tarde de terça-feira (8) seu relatório sobre as mudanças no código florestal, durante a reunião da Comissão Especial para a Reforma do Código Florestal Brasileiro, na Câmara dos Deputados.  Segundo o relatório de Rebelo, os Estados devem regulamentar, por lei, o tamanho das Áreas de Preservação Permanente (APP), que poderia ser aumentada ou reduzida em até 50%.

Na quarta-feira (9), quando os debates foram retomados, os deputados da comissão fizeram, antes da leitura, um acordo para que fosse feita apenas a leitura do voto.  Os parlamentares voltam a se reunir no dia 15 - como será a data de estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo, a reunião vai ocorrer no período da manhã, às 9h.

(Amazonia.org.br, 12/06/2010)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -