Com o lançamento da pedra fundamental de uma nova fábrica em Santa Cruz do Sul, a Philip Morris Brasil deu início à centralização das suas atividades no município. A indústria, uma das maiores fabricantes de cigarros do país, irá investir R$ 113,5 milhões para reunir todas as etapas da produção em uma única unidade no distrito industrial do município.
Ao lado da futura fábrica funciona apenas os processos de manufatura do tabaco. Uma das unidades, instalada no centro da cidade, será desativada. Na cerimônia, realizada na manhã de ontem, o presidente da Philip Morris, Amâncio Sampaio, comentou a economia de tempo e recursos, além do aumento de qualidade nos processos, que a união das atividades em um local vai gerar à empresa.
Sem informar o volume, Sampaio disse que a capacidade produtiva será a mesma alcançada atualmente. Contudo, como a fábrica será a mais moderna da empresa na América do Sul, se houver necessidade de aumento de produção, a unidade terá condições de atendê-la.
O processo para a contratação das empresas que realizarão a construção já está em andamento. O presidente da Philip Morris manifestou a vontade de a cigarreira utilizar fornecedores gaúchos na obra. Cerca de 400 empregos diretos e indiretos devem ser gerados na construção. A indústria emprega atualmente 1,2 mil pessoas no município – metade dos trabalhadores da empresa em todo o país. Outros 26 empregos devem ser gerados dentro da nova fábrica.
Previsão é de que unidade fique pronta em um ano
Com a presença da governadora Yeda Crusius e de funcionários da cigarreira, a cerimônia foi realizada atrás da Unidade 2 onde será a construída a nova planta, que terá cerca de 40 mil metros quadrados e deve pronta em cerca de um ano.
Anualmente, a Philip Morris Brasil contribui com R$ 30 milhões em arrecadação de impostos para Santa Cruz do Sul. O valor equivale a cerca de 60% do retorno do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) revertido ao município. Como forma de incentivo aos investimentos, a prefeitura concedeu à empresa a isenção de 20 anos do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e de Taxa de Licença para Execução de Obras e Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis.
Investimento
- R$ 113,5 milhões
- 400 empregos devem ser abertos na construção
- Mais de R$ 30 milhões por ano são revertidos ao município em ICMS pela cigarreira
- O valor equivale a cerca de 60% do retorno do ICMS revertido ao município
(Por Letícia Mendes, Zero Hora, 11/06/2010)