O Egipto, onde o tabagismo é rei, quer fazer de Alexandria a sua primeira cidade sem tabaco, esperando dar exemplo ao resto do país, onde a lei anti-tabaco prevalece carta morta.
O ministro egípcio da Saúde, Hatem al-Gabali, e o governador de Alexandria, Adel Labib, assinou hoje (quinta-feira) nesta grande cidade do norte do Egipto uma declaração neste sentido, indicou à AFP a directora do departamento da luta anti-tabaco do ministério, Sahar Latif.
"O plano do ministério prevê durante dois anos fazer dos locais públicos de Alexandria lugares sem tabaco", afirmou.
A proibição de fumar vai primeiramente ser aplicada nos hospitais e nas instalações públicas, precisou.
Existe no Egipto uma lei que proíbe fumar nos lugares públicos, mas ela muito é ignorado largamente, nomeadamente, pelos funcionários e pelos polícias.
Esta iniciativa visa fazer de Alexandria pioneira neste domínio como primeira cidade, sem tabaco e que seja um modelo aplicável no resto das cidades egípcias", explica o ministério da Saúde num comunicado, qualificando-a de "fase histórica nos esforços de luta ao tabaco no Egipto e em toda a região".
O comunicado não precisa como o ministério se propõe a fazer aplicar a lei.
Os egípcios gastam quase seis porcento dos seus rendimentos mensais em tabaco, revela um inquérito publicado em Janeiro de 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em colaboração com o instituto de estatística e o ministério egípcio da Saúde.
Pelo menos 40 porcento dos homens adultos egípcios fumam, dos quais 95 % todos os dias, acrescenta este inquérito, segundo o qual não menos de 70% dos egípcios indagados estão expostos ao tabagismo passivo, nomeadamente, nas suas residências ou nos seus locais de trabalho.
(Angop, 10/06/2010)