A Secretaria do Meio Ambiente de Sobradinho lança hoje o Programa de Coleta Seletiva de Lixo na Zona Urbana, dentro da programação da Semana do Meio Ambiente. O recolhimento passará a ser feito duas vezes por semana, a partir de 21 de junho, em locais alternados. Os horários serão divulgados com antecipação, para nenhum bairro deixar de ser atendido.
O município criou o programa de coleta seletiva no interior há seis anos. Porém, a área urbana ainda estava desassistida neste quesito, pois desde 1990 não contava com o serviço. Conforme o diretor de Meio Ambiente, Vanderlei Pasa, o sucesso do projeto na cidade depende também da população.
Com o objetivo de disseminar a cultura da separação do lixo em residências, as escolas terão papel fundamental. “Nossos maiores fiscais são as próprias crianças. É por intermédio delas que transmitiremos ao público orientações sobre como fazer a separação de forma correta”, diz Pasa. De acordo com o diretor, o lixo sempre foi um problema sério de grandes conglomerados, mas, com o tempo, também passou a fazer parte das dificuldades cotidianas das cidades do interior. “É uma questão bem complicada”, observa.
Há cerca de um ano, a Prefeitura conseguiu desativar o polêmico lixão existente em uma área de terras na comunidade de Granja do Silêncio, próximo do trevo de entrada de Sobradinho. Totalmente recuperada do ponto de vista ambiental, a área está quase completamente reflorestada.
Destino do lixo
Atualmente, o município produz cerca de 180 toneladas de lixo por mês. Destas, aproximadamente 35 toneladas são recicladas por uma estação de triagem instalada em Linha Carijinho, que reúne 12 catadores. “Nesta sexta-feira, faremos uma reunião para criar uma associação da categoria”, informa Pasa.
O lixo que não é reaproveitado pelos catadores vai para o município de Minas do Leão. A Reciclagem Vô Bilhan, empresa parceira da Prefeitura, compra todo o material reciclado. Com o projeto de coleta seletiva, avalia Pasa, o volume de materiais recicláveis como papelão, garrafas pet, plástico, latas e vidros deve aumentar. “Eliminamos o lixão. A reciclagem faz com que haja uma rotatividade”, explica o diretor.
(Por Emanuelle Dal-Ri, Gazeta do Sul, 09/06/2010)