Sete semanas após a explosão e a ruína da plataforma Deepwater Horizon, o drama no Golfo do México ganhava ares de uma tragédia grega – cada vez mais grave. Além do vazamento de petróleo do poço da companhia britânica BP, haveria um segundo vazamento, na plataforma Ocean Saratoga, operada pela Diamond Offshore Drilling Co.
Segundo o jornal The Press Register, do Estado do Alabama, o vazamento ocorreria desde 30 de abril e já haveria no mar uma mancha de petróleo de 16 km de extensão. O site The Business Insider informou ter fotos aéreas confirmando essa mancha.
Só que, de acordo com o governo americano, não há motivo para alarde: um porta-voz do ministério do Interior afirmou que o vazamento era de menos de um terço de barril ao dia – uma parcela muito distante da quantidade que escapa diariamente do poço da BP, estimada entre 12 mil e 19 mil barris.
Enquanto a BP trabalha em diversas frentes contra o vazamento, o presidente americano, Barack Obama, que já havia dito estar furioso com a situação no Golfo do México, elevou o tom das críticas ontem. Contra quem o acusou de demorar a agir, Obama insistiu que, em sua visita de um mês atrás à área, ele advertiu sobre o potencial que a crise poderia ter, segundo trechos divulgados da entrevista.
– Eu não fico por aí apenas falando com especialistas porque isso é um seminário de faculdade. Nós falamos com essas pessoas porque eles têm potencialmente a melhor resposta para eu saber que traseiro chutar – afirmou Obama.
(Zero Hora, 09/06/2010)