(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
silvicultura sustentabilidade
2010-06-09 | Tatianaf

A implantação da silvicultura no Rio Grande do Sul e a postura que os profissionais da área jurídica devem ter na defesa do Meio Ambiente pautaram os trabalhos na manhã desta terça-feira, 8, no 2º dia da 1ª Semana Institucional do Meio Ambiente – Ética e Solidariedade, que está ocorrendo no auditório do Ministério Público.

O 1º tema foi abordado pela promotora de Justiça Ana Maria Moreira Marchesan, da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre. Ela detalhou todos os passos que o Ministério Público deu, a partir de 2005, quando quatro empresas planejaram plantar eucaliptos em larga escala no Rio Grande do Sul.

A partir daquele ano, o Ministério Público instaurou quatro inquéritos civis para analisar os critérios de licenciamento ambiental que a Fepam estaria adotando para os plantios. O Ministério Público encaminhou recomendação à Fepam para que se abstivesse de conceder licenças ambientais para a plantação de árvores em alta escala em áreas superiores a 100 hectares ou menores com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Conforme a Promotora, a Fepam concordou com a necessidade do EIA/RIMA para áreas superiores a 100 hectares.

No mês de abril de 2006, um termo de ajustamento de conduta foi firmado com as empresas, onde ficou definido que a Fepam seria o órgão licenciador competente e as áreas seriam usadas para o plantio por zoneamentos. Entretanto, de acordo com a Promotora, o zoneamento não agradou ao Governo, que acabou criando um grupo técnico para rediscutir o assunto. Em seguida, o Conselho Estadual do Meio Ambiente retirou as limitações e distâncias que o TAC havia determinado, o que fez com que o Ministério Público ingressasse com uma ação civil pública.

Em decisão liminar, o Judiciário concordou com os argumentos apresentados pelo Ministério Público de que o zoneamento prejudicaria o meio ambiente e o Bioma Pampa. Por fim, tanto os empreendedores quanto técnicos e governo concordaram com o zoneamento proposto na Resolução 227 do Consema, que poderá exigir a adequação de áreas existentes, antes do plantio ou renovação, com o intuito de preservar áreas especiais, como banhados, dunas e áreas de preservação permanente. Para Ana Maria Moreira Marchesan, o trabalho do Ministério Público na área da silvicultura contou com a colaboração de “profissionais abnegados” de diversas áreas que lutaram pela preservação do meio ambiente nesta questão.

PROFISSIONAIS
Em outra palestra, o juiz Roberto Maia Filho, que atuou durante 12 anos na comarca paulista de Cubatão, ressaltou a postura que os profissionais da área jurídica devem ter em prol da preservação do meio ambiente. Segundo ele, o progresso deve ocorrer de modo racional, planejado e sem esgotar os recursos naturais. Não tem sentido, por exemplo, uma liminar judicial barrar a construção, em área de preservação ambiental, de uma rodovia que é importante para uma comunidade que, ao mesmo tempo, sofre com a poluição e congestionamentos. “A economia e a ecologia pode conviver harmonicamente”, destacou. “As duas servem para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, poderou o magistrado.

Para Maia Filho, em questões que envolvem a preservação do meio ambiente, o juiz “deve ser imparcial, mas não inerte e omisso”, pois em decisões nesta área é que “depende a sobrevivência da humanidade”. O Juiz citou decisões do Supremo Tribunal Federal que valorizam “a supremacia do interesse público” toda vez que as questões envolvem a preservação do meio ambiente.

Em outra palestra, a desembargadora federal Consuelo Yoshida, do Tribunal Federal da 3ª Região, fez um relato de toda a legislação ambiental existente no país. De acordo com ela, a variação de leis, nos dias atuais, já foi incorporada pelos administradores. O período de palestras foi encerrado com a apresentação da esquete teatral de 10 minutos abordando o gerenciamento de resíduos sólidos, onde o Rei Zildo Sólido, interpretado pela atriz Patrícia Ragazzon, trava diálogo com um personagem, Cícero Neves, que joga lixo em todo lugar, sem qualquer tipo de segregação.

(Por Celio Romais, MP-RS, 08/06/2010)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -