Dos 495 quilômetros de ciclovia previstos no Plano Cicloviário de Porto Alegre, 60 km deverão estar prontos até a Copa de 2014. A afirmação foi feita pelo técnico da EPTC, Regulo Ferrari, na manhã desta terça-feira (8/6), durante reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal que debateu a implantação do plano na Capital.
Conforme Ferrari, serão promovidas parcerias público-privadas para execução e manutenção da rede cicloviária. "Será um grande avanço para a população, a utilização de bicicletas, pois está diretamente ligada à qualidade de vida das pessoas. Ela não polui, é eficiente e permite deslocamentos rápidos pela cidade", defendeu. Ferrari é um dos elaboradores do Plano Cicloviário - iniciado em 2005 na Secretaria Municipal de Transportes.
Os tipos de vias cicloviárias que serão implementados na cidade são: as ciclovias (destinadas ao trânsito exclusivo de bicicletas e separada da via pública de tráfego motorizado); as ciclofaixas (destinadas também ao uso de bicicletas, mas demarcada na pista de rolamento); vias de tráfego compartilhado (pista para trânsito tanto de ciclistas como de veículos).
Conforme Celso Pitol, também da EPTC, o plano inclui a elaboração de projetos de engenharia para os trechos da rede considerados prioritários como a extensão da orla do guaíba até a PUCRS (via Avenida Ipiranga), avenidas Sertório e Assis Brasil, na zona norte e Avenida João Antônio da Silveira, no bairro Restinga, na Zona Sul.
Além disso, estão incluídas ciclovias nos projetos de alargamento das Avenidas Vicente Monteggia, no bairro Vila Nova e Avenida Edvaldo Pereira Paiva. Outras avenidas que compõem a rede estrutural deverão ser reurbanizadas em breve, tais como a Voluntários da Pátria, Edgar Pires de Castro e a Cruzeiro do Sul. "Queremos avançar em muito nossa rede. É possível mudar a cultura e os hábitos das pessoas. Em Paris, 6% do transporte já é feito só com bicicletas", informou Pitol.
Recursos
Coordenando os trabalhos da Cosmam, o vice-presidente, vereador Beto Moesch (PP), afirmou ser fundamental o início das obras das ciclovias. "Não há solução mais economicamente viável e limpa para o trânsito e o caos das grandes cidades do que a implantação das vias cicloviárias", registrou ao afirmar que, segundo o projeto aprovado pela CMPA, estão previstos quatro tipos de fontes de recursos para investimento. "Por meio de verba orçamentária, através da destinação de 20% dos recursos provenientes das multas aplicadas pela EPTC, contrapartida de investimentos públicos e de investimentos privados", explicou.
Ainda participaram do debate os vereadores Carlos Todeschini (PT), Dr. Raul (PMDB), Dr. Thiago Duarte (PDT) e Mário Manfro (PSDB) e representantes das Secretarias de Obras e Viação, Esportes, Recreação e Lazer e Conselho Municipal do Desenvolvimento Urbano Ambiental. Convidada, a Secretaria do Planejamento Municipal (SPM) não se fez presente.
(Por Ester Scotti, Asscom CMPA, 08/06/2010)