A lei que trata sobre os controles das populações de cães e gatos em Bagé, mais especificamente sobre a castração, pode não vigorar a partir do dia 11 de junho, como estava previsto. Possivelmente, a prefeitura pedirá que não haja a aplicabilidade da lei até que alguns tópicos sejam devidamente esclarecidos.
Ontem, numa reunião que contou com a presença do presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul, Air Fagundes dos Santos, representantes de proprietários de canis, clínicas veterinárias, médicos veterinários e proprietários de cães com o procurador jurídico do município, Fernando Meira, e a secretária municipal de Saúde, Valéria Rodrigues, a questão da castração foi novamente debatida.
O presidente do CRMV-RS deixou claro que todas as ações que planejem o controle populacional de cães e gatos errantes é bem-vinda, desde que obedeçam às normas estabelecidas pelo conselho. Segundo ele, a lei que está por entrar em vigor em Bagé não foi criada com o auxílio ou a presença de médico veterinário, que poderia auxiliar em questões específicas, como a castração em massa, por exemplo.
Santos colocou o CRMV-RS à disposição da prefeitura e até da Câmara de Vereadores de Bagé para orientar sobre a redação correta da lei, caso ela seja modificada. Dessa maneira, ele acredita que os problemas possivelmente causados pela castração em massa possam ser evitados, já que essa é a grande reclamação da maioria dos médicos veterinários e proprietários de clínicas e canis de Bagé, bem como donos de animais.
Diante das argumentações, o procurador do município sugeriu à secretária de Saúde que peça para que não haja a aplicabilidade da lei a partir do dia 11 de junho, como previsto. Com esse tempo, ele espera que as questões possam ser melhor debatidas. “E quem sabe até chegar a corrigir alguns parágrafos”, encerrou.
(Jornal Minuano, 08/06/2010)