Mesmo parecendo invisível na rotina de quem passa pela Avenida Ipiranga, sempre é bom lembrar que o Arroio Dilúvio existe e tem uma importância fundamental para o equilíbrio ambiental de Porto Alegre. A trajetória do famoso riacho, da época em que o arroio era balneável, pode ser conferida em uma mostra fotográfica que se estende até o dia 18 na sede do Tribunal Regional Federal 4 (TRF4).
As imagens antigas, cedidas pelo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), chamam a atenção para a Porto Alegre da década de 40 e 50, quando o córrego era bem menos poluído. Ao todo, cerca de 20 fotos resgatam imagens dessa época, mostrando curiosidades, como o traço do Dilúvio passando pela Rua da República, por exemplo.
DEP retirou 156 mil toneladas de material do Arroio Dilúvio
A engenheira química Adriane Alves Silva, coordenadora da educação ambiental do DEP, lembra que hoje a verdadeira função do arroio parece ter sido deixada de lado.
– Seu objetivo é dar vazão ao escoamento das águas da chuva que passam pela cidade, e não ser depósito de resíduos e de esgoto doméstico. Quase 50% da população de Porto Alegre reside na sub-bacia hidrográfica do Arroio Dilúvio. Isso significa ele precisa ser limpo sempre, porque o escoamaento do curso da água vai em direção ao Guaíba – explica.
Desde outubro de 2006, o DEP, que faz a dragagem permanente do Arroio Dilúvio, já retirou 156 mil toneladas de material, entre areia e entulhos do leito do arroio. A mostra integra a Semana do Meio Ambiente do TRF4.
Mais fotos
- O que – Mostra fotográfica, tendo como tema o Arroio Dilúvio
- Onde – Tribunal Regional Federal 4 (Rua Otavio Francisco Caruso da Rocha, 300, na Capital)
- Quando – das 13h às 19h.
(Zero Hora, 08/06/2010)