A Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) defendeu hoje (7/6), na Tribuna Popular da Câmara Municipal de Porto Alegre, o fim dos chamados fumódromos e a instituição do fumo zero em locais públicos fechados. Conforme o médico pneumologista Luiz Carlos Corrêa da Silva, que apresentou a reivindicação em nome da Amrigs, Cremers e Simers, outra mudança necessária nas leis federal e municipal antifumo é a definição de fiscalização e penalização a quem descumprir a legislação. "Lei sem penalização torna-se vazia", observou.
O médico destacou que, quando um cigarro é aceso, ele joga mais fumaça no ambiente do que nos pulmões do fumante. Portanto, explicou, o ambiente com fumo zero é fundamental para se combater os efeitos do tabaco sobre a saúde dos não-fumantes. "Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o fumo zero em ambientes fechados é a medida de maior impacto contra o tabagismo", disse o médico, acrescentando que "na Irlanda do Norte, depois da proibição de fumar em local fechado, houve queda de 30% no número de infartos".
Segundo informações apresentadas pelo representante da Amrigs, 5 milhões de pessoas morrerm no mundo atualmente vítimas de doenças associadas ao fumo. Acrescentou que, pelas previsões da OMS, este número vai duplicar em 20 anos. "O tabagismo é uma epidemia nos países pobres e, em especial, nas populações mais pobres. Corrêa da Silva ainda citou outro número que considera alarmante: "Diariamente, 100 mil crianças começam a fumar", engrossando o contingente de 1,2 bilhão de fumantes no mundo atual.
(Por Marco Aurélio Marocco, Asscom CMPA, 07/06/2010)