(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
praias do rs erosão gerenciamento costeiro
2010-06-07 | Tatianaf

No ano passado, e por sorte era Inverno, o Atlântico avançou sobre os calçadões, avenidas e ruas do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. E, na esteira dos episódios de devastação, um edifício de quatro andares terminou desabando, em Capão da Canoa. Saldo: quatro mortes e alguns feridos. Digo que foi sorte: o saldo trágico poderia ter sido bem maior, fosse na estação de verão com o edifício lotado de turistas.

No final de maio deste ano de 2010, o mar avançou, ou retomou o espaço perdido para as construções, à sua beira. Foram várias casas de classe média, destruídas parcial pu totalmente, nas praias da Armação e da Barra da Lagoa, na capital catarinense Florianópolis.

Vários fatores contribuem para esta retomada dos oceanos do mundo todo de seus espaços perdidos para a insensatez humana: o efeito das marés, a natural movimentação das águas, é potencializado por construções de alto risco. Não só no litoral brasileiro como em todos os países costeiros.

A edição do jornal gaúcho Zero Hora do dia 27 de maio relatou mais esse incidente, com uma significativa fotografia de Guto Kuerten, do Diário Catarinense. A casa, inclinada à beira mar, quase caindo nas águas revoltas, é bem a imagem dessas construções em áreas de alto risco.

Elogiada por vários leitores do jornal, mereceu destaque e  uma observação de Amilton Oliveira, da cidade de Gravataí: “Mais racional do que tentar conter o mar. É preciso impedir que se construa em locais impróprios”.

Para evitar incidentes como o de 2009 em Capão da Canoa e deste passado mês de maio em Santa Catarina, é necessária a ação imediata de fiscalização e controle dos órgãos ambientais. No caso gaúcho, a Fepam deverá estar atenta à rápida erosão do litoral, em especial a parte Norte. Seria providencial tomar essas ações durante o desenrolar deste inverno. Para melhor garantir a segurança das multidões de turistas que, no próximo verão, deverão lotar as praias do RS.

Especialista cubano alerta sobre a erosão no litoral
Durante o recém concluído 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia, realizado nas dependências da Universidade Federal do Rio Grande, a FURG, uma das palestras mais assistidas e comentadas foi a do professor doutor Jose Luís Juanes Martí, do Instituto de Oceanografia de Cuba.

Depois de descrever o que está acontecendo em seu país e nos demais vizinhos do Caribe, Juanes Martí foi bem claro: a ação humana é a mais danosa das causas destas alterações nos litorais marítimos, a par das mudanças climáticas e de elevações dos níveis dos oceanos da Terra.

Entre as ações humanas, o especialista cubano citou a construção e a exploração de atividades de turismo à beira mar, com a destruição das dunas, além da extração de areia. Ele contou que em seu país já existem leis para disciplinar a distância das construções em relação à beira mar e às dunas. São atitudes tomadas para evitar a erosão, acrescentou.

Juanes Martí foi um pouco além: ao constatar o desequilíbrio entre investimentos turísticos e os programas nacionais para o turismo sustentável,  o professor falou da erosão das praias cubanas, onde as ondas atacam as praias, colocam a areia em suspensão e geram correntes que transportam os sedimentos para muito longe da costa.

Em síntese: as paradisíacas praias do Caribe estão ameaçadas e suas areias cálidas podem desaparecer pelo impacto dos freqüentes furacões – em temporadas que começam agora em junho e se estendem até novembro – e pela elevação do nível do mar. Sem esquecer a extravagante ação humana, as construções quase “dentro” do mar, como a casa da emblemática foto de Guto Kuerten.   

(Por Renato Gianuca, EcoAgência, 06/06/2010)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -