O bronzeamento artificial quase duplica o risco do grave câncer de pele melanoma – e quanto mais horas são passadas no bronzeamento, maiores os riscos, de acordo com um novo estudo.
Aqueles que usaram máquinas de bronzeamento tinham 1,74 vezes mais chances de desenvolver melanoma do que os que não usaram. Usuários frequentes – que tiveram mais de 100 sessões ou 50 horas de bronzeamento artificial durante 10 anos – tinham riscos 2,5 vezes maiores do que os não-usuários, segundo o estudo.
Essa correlação, chamada de reação a dosagem, “é muito importante para ajudar na defesa de que esta é uma influência causal”, disse DeAnn Lazovich, um epidemiologista da Universidade de Minnesota que é o principal autor do estudo, publicado online na última quarta-feira em “Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention”.
No ano passado, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, parte da Organização Mundial de Saúde, classificou as câmaras de bronzeamento como carcinogênicas a seres humanos, e a agência FDA dos Estados Unidos está considerando rever as exigências para câmaras bronzeadoras e fortalecer os rótulos de advertência a respeito dos riscos.
O novo estudo comparou 1.167 moradores de Minnesota que tiveram um diagnóstico de melanoma invasivo de 2004 a 2007 com 1.101 indivíduos saudáveis. Sessenta e dois por cento dos pacientes com melanoma haviam utilizado o bronzeamento artificial, contra 51,1% do grupo de comparação.
(Por Roni Caryn Rabin, New York Times, UOL, 04/06/2010)