Oferecer destino adequado aos resíduos sólidos e economizar cerca de R$ 40 mil mensais são metas que a Prefeitura de Gravataí pretende atingir com o projeto Eu Gosto, Eu Cuido, lançado esta semana para a comunidade. A iniciativa visa despertar o olhar da população sobre a importância de preservar os espaços públicos, gerando economia e possibilitando investimentos em outras demandas do município.
Atualmente, Gravataí consome cerca de R$ 17 milhões anuais em operações de limpeza e conservação, o que corresponde a quase um mês de orçamento da prefeitura - R$ 24 milhões. Na avaliação da prefeita Rita Sanco, o sucesso do projeto depende de uma mudança de comportamento das pessoas e do governo. "O conjunto dos serviços de limpeza produz um gasto muito elevado. Queremos reduzir parte deste valor, melhorando as ações e o cuidado com a cidade", explica.
Rita diz que Gravataí enfrenta problemas crônicos de deposição irregular de resíduos em ruas, beiras de estradas, terrenos desocupados e praças. "São restos de poda, que aumenta nessa época do ano, além de entulhos de obras e móveis descartados", descreve.
A prefeita conta que o Executivo também implementou os serviços denominados de Ecoponto e Tele-carroça. "O Ecoponto é um tipo de central para depósito e separação dos resíduos, e o Telecarroça é um serviço de atendimento para coleta, feita por trabalhadores cadastrados, que vão dar o destino adequado ao material." Ambos podem ser acionados pelo telefone (51) 3497-0013 begin_of_the_skype_highlighting (51) 3497-0013 end_of_the_skype_highlighting.
Segundo o secretário municipal de Serviços Urbanos, Juarez Fialho, Gravataí terá mais oito Ecopontos instalados futuramente. O piloto funciona na avenida Álvares Cabral, 1273, no bairro Morada do Vale I.
"Desde o início do serviço, já movimentamos 700 metros cúbicos de material, o que corresponde a cerca de 80 caminhões cheios", quantifica o secretário. Ele destaca que existe ainda o produto social, já que os restos de poda são aproveitados como lenha, que é trocada por milho para os carroceiros, enquanto a caliça segue para pequenos aterros. A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSU) cadastrou 70 carroceiros para atuarem no projeto. A cidade possui cerca de 700 trabalhadores em veículos de tração animal.
(Correio do Povo, 05/06/2010)