Capital gaúcha é considerada uma das que concentram mais área verde no país
Porto Alegre é uma das capitais mais arborizadas do Brasil. A cada habitante, há, aproximadamente, 17 metros quadrados de área verde. "Temos 1,2 milhão de árvores em ruas e avenidas. Considerando as existentes nas 591 praças, nos nove parques e nas áreas privadas, há duas árvores por habitante", projeta o titular da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) - pioneira no país, em 1976 -, Professor Garcia, destacando programas de arborização e preservação de matas nativas. Ele ressalta que muitas vias urbanas são arborizadas com tipos específicos, como as paineiras da Icaraí e os guapuruvus da Teresópolis. Ipês, timbaúvas, jacarandás e plátanos são frequentes.
"Antigamente as pessoas plantavam, de maneira indiscriminada, árvores nativas nas calçadas", recorda Garcia. O ideal, segundo ele, é buscar orientação pelo telefone 3289-7500. "É a melhor alternativa para evitar problemas futuros, pois as raízes de algumas espécies podem ocasionar problemas na estrutura dos imóveis." Garcia assinala que a equipe técnica da Smam não mais planta árvores em esquinas e a uma distância inferior a 2 metros de bocas de lobo.
O secretário está atento às encostas dos morros que, embora preservadas, enfrentam problemas com loteamentos clandestinos. As grandes áreas verdes atenuam os problemas ambientais, como poluição. Serão investidos R$ 3 milhões nos bairros Humaitá e Farrapos, com recursos do Programa Integrado Entrada da Cidade. "Revitalizaremos as 25 praças da Vila Farrapos e a Praça do Sesi, com acesso pela avenida Frederico Mentz", revela. A previsão é de trabalhos até o final do ano.
Outra preocupação do secretário envolve a agilização do atendimento dos pedidos de poda e corte de árvores em áreas particulares. "Estamos trabalhando para que o serviço seja efetuado no prazo máximo de 30 dias. Há situações em que o tempo de espera ultrapassa dois meses", admite. Em caso de corte e poda em vias públicas, solicitações são pelo fone 156. Se envolver área privada, a requisição deve ser formalizada no Protocolo Central da prefeitura. Garcia diz que as podas são feitas por servidores da Smam e de empresas terceirizadas. Há convênio com a CEEE para remoção de galhos que afetam a rede elétrica e parceria com a EPTC, que sinaliza árvores que interferem na visualização de placas de sinalização e semáforos.
(Correio do Povo, 05/06/2010)