Desde ontem, a energia que chega na casa dos brasileiros tem uma diferença de origem. Vai aumentar três vezes a parte originada em usinas térmicas, para preservar os reservatórios das hidrelétricas durante o período de menor chuva na Região Sudeste – onde estão as maiores barragens.
Embora sejam mais caras e poluentes, as termelétricas são acionadas para manter os níveis mínimos de segurança definidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que coordena o sistema elétrico do país. Por isso, o custo extra é repassado para as contas dos consumidores.
A geração térmica sobe de 700 megawatts (MW) médios para 2 mil MW. A média necessária para atender ao consumo nacional é de 55 mil MW. Até novembro, quando termina o chamado “período seco”, é preciso que os reservatórios do Nordeste tenham mantido ao menos 20% de seu volume, enquanto a média do Sudeste terá de ficar acima de 39%.
No mês passado, o ONS já havia determinado a operação de termelétricas, para garantir a segurança enquanto não eram concluídas as obras de reforço do sistema de transmissão da energia de Itaipu. O objetivo foi evitar apagões semelhantes ao ocorrido em novembro de 2009, quando saíram do sistema as três linhas de transmissão de Itaipu, deixando 10 Estados sem luz total ou parcialmente.
(Zero Hora, 05/06/2010)