Quase mil casos de leishmaniose foram detectados em animais da cidade
Já são 928 os casos de leishmaniose em cães no município de São Borja, na Fronteira Oeste, desde o primeiro registro, em novembro de 2008. Segundo dados divulgados nesta semana pela Vigilância Sanitária Municipal, há 72 novos casos confirmados e, destes, 12 ocorreram no último mês de abril.
Nas próximas semanas, agentes da vigilância sanitária devem iniciar um censo canino e fazer o manejo ambiental e o controle químico nas residências para auxiliar no combate à doença. Além disso, serão realizadas coletas de sangue periódicas nos animais com suspeita de infecção.
Até agora, mais de 4,5 mil coletas foram feitas em animais que vivem próximo a zonas onde os casos foram detectados. Já foram sacrificados 432 cães infectados.
Desde 2008, sete pessoas contraíram a doença na cidade e duas morreram no ano passado. O Ministério da Saúde considera que elas foram vítimas de complicações da leishmaniose, pois uma tinha baixa imunidade e outra era portadora do vírus da aids.
No mês passado, veterinários e profissionais da saúde foram capacitados para auxiliar no controle da doença. Para evitar o surgimento de novos casos, a recomendação é manter pátios limpos e evitar a reprodução do mosquito transmissor, um flebotomíneo (pequenos insetos de seis patas cujas fêmeas se alimentam de sangue e têm as asas semelhantes a vidro, relativamente grandes e longas).
A leishmaniose era desconhecida no Estado há dois anos. A principal suspeita é de que o vírus tenha vindo da Argentina, onde a doença é comum.
(Por Magali Motta, Zero Hora, 04/06/2010)