Uma informação divulgada pela presidente da Associação Brasileira de Papel e Celulose (Bracelpa), Elizabeth de Carvalhaes, que acompanha a comitiva Brasileira à Expo Xangai, é especialmente boa para o Estado, que aguarda a retomada dos projetos de celulose.
Segundo ela, o consumo chinês, incrementado no ano passado pela queda no preço internacional da celulose em função da crise global, deixou de ser circunstancial e ganhou perfil estrutural quando o país asiático anunciou a implantação das três maiores fábricas de papel do mundo.
Para atender a essa demanda por matéria-prima e a de outros países emergentes, as indústrias brasileiras de celulose deverão investir 22 bilhões de dólares até 2016, calcula a dirigente da Bracelpa, o que colocaria o Brasil à frente da China no ranking dos produtores mundiais. Hoje o Brasil é o quarto, mas com os investimentos previstos se tornará o terceiro. Em 2009, o Brasil respondeu por 50% das importações chinesas de celulose.
(Por Denise Nunes, Correio do Povo, 04/06/2010)