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indústria do cigarro câncer
2010-06-02 | Tatianaf

Convictos de que a Capital deve proibir o fumo em recintos fechados, os vereadores Beto Moesch (PP) e Dr. Raul (PMDB) promoveram nesta última segunda-feira à noite, dia mundial de combate ao tabagismo, audiência pública para tratar do assunto. Palestraram no evento o médico Luis Carlos Corrêa da Silva, chefe do setor de pneumologia da Santa Casa de Misericórdia e coordenador da campanha do Fumo Zero da Associação Médica do RS (Amrigs), e a advogada Adriana Pereira de Carvalho, da Aliança de Controle de Tabagismo, organização não-governamental com sede em São Paulo.

Na avaliação dos parlamentares, está havendo uma pressão muito grande contra o projeto de lei. "Mais uma vez o poder econômico prevalece em detrimento da saúde da população", avaliou Dr. Raul. Beto Moesch foi mais enfático ao afirmar que está havendo um lobby por parte das indústrias contra o projeto. "É lamentável. A cidade perde muito com isto. Se a população não se manifestar, Porto Alegre continuará tendo fumódromos em locais fechados".

Na avaliação do coordenador da campanha Fumo Zero, os fumódromos não protegem nem o trabalhador, nem os próprios fumantes e ainda servem de mau exemplo para os jovens. "Nossa proposta é de que não haja mais fumódromos e que se defina como fiscalizar, porque uma lei que visa mudar o comportamento, sem fiscalizar e penalizar, se torna vazia", salientou.

Corrêa da Silva criticou ainda o fato de a lei atual ter sido aprovada sem que fossem escutadas as entidades da área da saúde e afirmou que além de ser um retrocesso, o fumódromo contraria a Convenção Quadro – primeiro tratado internacional de saúde pública que busca garantir o “ambiente 100% livre de tabaco” como forma de proteger o não-fumante.

Acordo de cooperação entre 168 países, a Convenção Quadro para o Controle do Tabaco visa a proteger fumantes ativos e passivos proibindo o fumo em locais fechados, "além de sugerir a proibição de propaganda e de patrocínio para a indústria do tabaco, o aumento da taxação do produto e o combate ao contrabando", explicou Adriana Carvalho.

A ausência das grandes indústrias do cigarro foi bastante criticada, tanto pelos parlamentares como pelos palestrantes.

Cenário atual
Segundo Corrêa da Silva, o maior contingente de fumantes está concentrado nas regiões mais pobres do planeta e entre as pessoas mais pobres de todas as regiões. A novidade, ressalta, é que a indústria do tabaco agora recruta entre as mulheres, especialmente as adolescentes, para repor os mais de cinco milhões de consumidores que morrem prematuramente por doenças derivadas do tabaco.

Diante da ofensiva das empresas do setor, a Organização Mundial da Saúde agitou a bandeira vermelha e dedicou o Dia Mundial Sem Tabaco 2010 à oposição a essa campanha.

Legislação
O Projeto de Lei 007/09, de autoria do vereador Beto Moesch em parceria com o vereador Dr. Raul proíbe totalmente o cigarro em ambientes fechados, prevê sanções e até a interdição do estabelecimento que não cumprir a Lei.

A lei atual aprovada em Porto Alegre, por outro lado, permite o fumo em ambientes fechados, desde que separados e arejados. Prevê apenas multa e não a interdição do estabelecimento.

Já a lei estadual permite fumódromos e não prevê multa nem interdição de estabelecimentos que autorizem o cigarro no seu interior.

Conhecendo o inimigo
• Nos últimos 30 anos, o fumo provocou um milhão de óbitos no Brasil e o prognóstico para os próximos quinze anos é de mais sete milhões de mortes;

• Há no cigarro 4.730 produtos tóxicos, como a nicotina, o alcatrão, agrotóxicos, substâncias radioativas, metais pesados e monóxido de carbono;

• O fumo provoca infarto, efisema pulmonar, derrame cerebral, osteoporose, e sobretudo cânceres (pulmão, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, colo do útero, bexiga). E também impotência, menopausa precoce, rugas, aborto espontâneo, prematuridade e morte perinatal;

• A fumaça lateral do cigarro, assimilada pelo fumante passivo, tem três vezes mais nicotina e cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a expirada pelos tabagistas;

• Num recinto onde o fumo é permitido, ao final de oito horas o não fumante terá consumido quatro cigarros, aumentando em até duas vezes sua chance de ter câncer de pulmão;

• O dinheiro gasto anualmente com exames, internações e medicamentos decorrentes de doenças do fumo é suficiente para construir quinze hospitais.

• O consumo de tabaco porá fim prematuramente à vida de dez milhões de pessoas até 2020, caso a tendência atual continue.

• É o único produto legal que causa a morte da metade de seus usuários regulares. Isto significa que de 1,3 bilhão de fumantes no mundo, 650 milhões vão morrer prematuramente por causa do cigarro, diz a OMS.

• O tabaco causa prejuízos de mais de 200 bilhões de dólares ao ano no mundo. No Egito, o custo anual do tratamento de doenças vinculadas ao tabagismo chega

a 545 milhões de dólares e na China a 6,5 bilhões de dólares, segundo os últimos números disponíveis.

• Mais de um milhão de pessoas de 350 milhões de fumantes morrem vítimas do tabagismo a cada ano na China e, segundo a OMS, este número poderia chegar a três milhões em 2050

Composição do cigarro
• Nicotina. É a causadora do vício;

• Benzopireno. Substância que facilita a combustão existente no papel que envolve o fumo;

• Nitrosaminas;

• Substâncias radioativas. Como o polônio 210 e carbono 14;

• Agrotóxicos. Como o DDT;

• Solventes. Como o benzeno;

• Metais pesados. Como chumbo e o cádmio. Um cigarro contém de 1 a 2 mg, concentrando-se no fígado, rins e pulmões, tendo meia-vida de 10 a 30 anos, o que leva a perda de capacidade ventilatória dos pulmões, além de causar dispneia, enfisema, fibrose pulmonar, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago;

• Níquel e arsênico. Armazenam-se no fígado e rins, coração, pulmões, ossos e dentes, resultando em gangrena dos pés, causando danos ao miocárdio etc;

• Cianeto hidrogenado;

• Amônia. Utilizado em limpadores de banheiro;

• Formol. Componente de cadáver;

• Monóxido de carbono. É o mesmo gás que sai dos escapamentos de automóveis, e como tem mais afinidade com a hemoglobina do sangue do que o próprio oxigênio, toma o lugar do oxigênio, deixando o corpo do fumante - ativo ou passivo - totalmente intoxicado;

• E mais de 4.700 substâncias com cerca de 700 cancerígenas.

(Ambiente JÁ, com informações do consciencia.net, 01/06/2010)


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