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indústria do cigarro
2010-05-31 | Tatianaf

O governo chinês divulgou hoje (28) em Beijing o Relatório sobre Controle do Tabaco da China 2010. O Ministério da Saúde do país afirmou que a China já conseguiu êxitos no controle do tabaco, porém, será difícil realizar a proibição total do tabaco. Segundo o ministério, os departamentos responsáveis irão se esforçar mais para proibir, por meio da legislação, o uso do tabaco em espaços públicos e de trabalho. Ouça a reportagem.

Tabaco é um dos problemas de higiene pública mais graves enfrentados pelo mundo e também uma ameaça para a saúde da humanidade. A China é um grande produtor e consumidor de tabaco, cuja produção de cigarros representa um terço do mundo e o número de usuários soma cerca de 350 milhões. Li Xinhua, funcionário público do Ministério da Saúde da China, afirmou que o governo chinês está muito atento ao controle do tabaco, e também assinou a Convenção Quadro para Controle do Tabaco da OMS (Organização Mundial da Saúde). Além disso, nos últimos quatro anos de vigência do documento internacional, a China progrediu no controle do tabaco. Ele apontou:

"A proibição do consumo de tabaco em espaços públicos já começou a ser aplicada em algumas regiões. Em 2009, várias cidades como Shanghai, Hangzhou e Yinchuan elaboraram ou revisaram regulamentos referentes, oferecendo apoio legislativo na proibição do tabaco em espaços públicos e de trabalho. Neste ano, mais províncias e municípios iniciarão este trabalho, como Guangzhou e Nanchang que já estão elaborando regulamentos. Além disso, a partir de 2011, será proibido o uso de tabaco em todas as entidades médicas e de saúde na China."

Será celebrado em 31 de maio, o 23º dia mundial sem tabaco promovido pela OMS, com o tema "Sexo e Tabaco – Boicote contra Propaganda voltada às Mulheres". Segundo estatísticas, mais de 1,5 milhão de mulheres com idade acima de 20 anos morrem por causa do tabaco no mundo todos os anos. Caso não se adotem medidas emergenciais, a cifra subirá para 2,5 milhões em 2030, sendo três quartos delas nos países em desenvolvimento. O representante da OMS na China, Michael O'Leary, indicou que as chinesas estão se tornando mais independentes a cada dia, e o número de usuárias de tabaco na China vem aumentando consideravelmente. Ele ainda ressaltou que fumar direta ou indiretamente causa prejuízos graves à saúde das mulheres.

"As mulheres já são um grupo importante entre os alvos das companhias de tabaco. Apesar da redução no número de usuários homens de tabaco, o número de mulheres fumantes está subindo. Na China, por se tornarem mais independentes, as mulheres têm mais liberdade de fumar e mais poder de consumo do tabaco. No entanto, as mulheres que fumam são vulneráveis a doenças."

O relatório recém-divulgado revelou que cerca de 3% das mulheres chinesas são usuárias de tabaco, e cerca de 23% das jovens já tentaram fumar. Segundo o documento, caso não adotem medidas, essa proporção deve subir rapidamente. Além disso, cerca de 300 milhões de chinesas estão vivendo em locais de fumo passivo, o que prejudica muito a saúde delas. O relatório alertou toda a sociedade sobre mulheres que fumam direta ou passivamente.

Agora, a China está se esforçando no controle do tabaco, especialmente na legislação relativa. A vice-diretora do Centro de Controle de Doenças, Yang Gonghuan, salientou:

"A nossa sugestão é clara. Em relação ao controle do tabaco, deve-se criar uma entidade responsável ao nível do Conselho de Estado, para elaborar o planejamento de médio e longo prazo sobre o controle do tabaco, promovendo trabalhos de legislação nesta área."

(Por Shi Liang, CRI, 28/05/2010)


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