O presidente da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), Murilo Flores, contestou nesta quinta-feira a metodologia da sexta edição do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado na quarta-feira.
O estudo colocou Santa Catarina em terceiro lugar no ranking dos estados que mais destruíram a mata atlântica nos últimos dois anos.
Segundo Flores, o fato de a Fundação SOS Mata Atlântica, responsável pela edição do atlas, usar apenas imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e não incluir pequenas áreas de remanescentes de florestas provoca uma distorção da realidade.
Ele contesta o estudo com informações do Programa de Proteção da Mata Altântica (PPMA) feito pelo governo do Estado, que detectou que 41% da área de Santa Catarina são cobertos com vegetação nativa.
— O nosso estudo mostra uma fotografia real da situação. O pessoal do projeto usou imagens de satélite, mas também fotografias aéreas e visitas nos locais — disse Flores.
O presidente da Fatma também disse que áreas pequenas, com até três quilômetros quadrados — e que foram incluídas no PPMA — são importantes corredores ecológicos e ajudam a preservar espécies que existem no Estado.
(Diário Catarinense, 27/05/2010)